Os investigadores “perceberam que algumas propriedades críticas devem distinguir os diferentes tipos de mRNA
Katalin Karikó, investigadora húngara de 68 anos, e Drew Weissman, investigador norte-americano de 64 anos, venceram o prémio Nobel da Medicina pelas descobertas relativas a modificações de bases nucleósidas que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes de mRNA contra a Covid-19. A distinção foi anunciada esta segunda-feira pelo secretário do comité de Medicina, Thomas Perlmann.
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— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 2, 2023
The 2023 #NobelPrize in Physiology or Medicine has been awarded to Katalin Karikó and Drew Weissman for their discoveries concerning nucleoside base modifications that enabled the development of effective mRNA vaccines against COVID-19. pic.twitter.com/Y62uJDlNMj
“Através das suas descobertas inovadoras, que mudaram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunitário, os laureados contribuíram para o processo sem precedentes na taxa de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana na era moderna”, lê-se no comunicado.
Karikó e Weissman “notaram que as células dendríticas reconhecem o mRNA transcrito in vitro como uma substância estranha, o que leva à sua ativação e à liberação de moléculas sinalizadoras inflamatórias”, continua a mesma nota. No fundo, “perceberam que algumas propriedades críticas devem distinguir os diferentes tipos de mRNA” e foi esta a descoberta que lhes valeu o Nobel deste ano.
Para o Nobel da Medicina, as previsões dos especialistas para este ano incluíam como candidatos favoritos a investigação sobre as células imunitárias capazes de combater o cancro, o estudo da microbiota humana e os trabalhos sobre as causas da narcolepsia.
Em 2022, o vencedor foi o sueco Svante Pääbo pelas suas descobertas sobre os genomas de hominídeos extintos e a evolução humana.