Ciclismo: foi suspensa por seis anos após batota com motor

26 abr 2016, 14:09
Van den Driessche

Jovem Femke Van den Driessche deu origem a caso inédito na modalidade e a uma punição exemplar

Lembra-se do caso do «doping mecânico», em que uma jovem ciclista belga, Femke Van den Driessche, recorreu a um pequeno motor nos Campeonatos do Mundo de Ciclocrosse? Pois bem, a União Cicilista Internacional (UCI) chegou esta terça-feira a um veredito: seis anos de suspensão, multa de 20 mil francos suíços (pouco mais de 18 mil euros) e ainda o pagamento das custas de todo este processo.

A UCI classificou este caso como «fraude técnica» e, além de anunciada punição, decidiu desqualificar a jovem ciclista belga de todas as provas em que participou desde 11 de outubro de 2015, obrigando ainda à devolução de todos os títulos e prémios monetários que amealhou desde essa data.

O caso foi descoberto em janeiro do presente ano quando Van den Driessche abandonou uma prova de sub-23 dos Mundiais de Ciclocrosse devido a problemas mecânicos. Através de uma ressonância magnética, os inspetores da UCI detetaram um pequeno motor e uma bateria instalados junto ao banco. O motor seria acionado através de Bluetooth.

Foi o primeiro caso de recurso a motor numa prova de ciclismo, embora a UCI já tivesse suspeitas da existência de outros casos semelhantes. «Investimos recursos consideráveis no desenvolvimento de tecnologia que nos permite detetar estes casos e reforçámos as punições para os prevaricadores. Este caso é uma grande vitória para UCI e para todos os amantes do ciclismo, atletas e equipas que querem afastar a batota do nosso desporto», destacou Brian Cookson, presidente da UCI.

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