Ministério Público acusa ciclistas profissionais de práticas de doping

20 mai 2016, 13:48
Tour da Romandia (EPA)

Sete arguidos em processo que remonta a 2013

Artigo atualizado

O Ministério Público acusou sete pessoas, entre as quais quatro «ciclistas profissionais federados», de aquisição e venda de substâncias e tratamentos dopantes, ocorridos entre janeiro e agosto de 2013. A Federação Portuguesa de Ciclismo já reagiu, defendendo que não há profissionais entre os arguidos.

A decisão surgiu na sequência de «um inquérito que teve por objeto a investigação do fornecimento organizado de substâncias e tratamentos dopantes a ciclistas profissionais federados (…) e a sua aquisição por parte destes», pode ler-se na nota divulgada pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Na nota publicada na página da PGDL pode ainda ler-se que «foram acusados sete arguidos por se ter fortemente indiciado que três deles adquiriram, venderam e forneceram» substâncias dopantes «aos outros quatro arguidos, ciclistas profissionais federados». As identidades dos envolvidos não foram reveladas.

Eritropoietina (EPO), IGF-1, uma hormona semelhante à insulina, e um peptídeo TB-500, que ajuda a promover o aumento da massa muscular, resistência e força, são algumas das substâncias que figuram entre as referidas pelo Ministério Público. As substâncias em causa constam da Listagem de Substâncias e Métodos Proibidos na prática desportiva.

A Federação Portuguesa de Ciclismo emitiu uma nota onde garante que se trata de praticantes «amadores e populares». «Não há entre os arguidos qualquer ciclista profissional, havendo, isso sim, praticantes de ciclismo amadores e populares, alguns nem sequer filiados na Federação Portuguesa de Ciclismo. Desmentimos, assim, as informações erradas veiculadas nesta sexta-feira», refere o organismo, assegurando ainda que colaborou com a Polícia Judiciária e com o Ministério Público na investigação.

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