O segredo está nas avestruzes: desenvolvidas máscaras que brilham quando detetam covid-19

CNN Portugal , BCE
11 jan 2022, 22:04
Coronavírus

Descoberta no Japão promete revolucionar a deteção da covid-19

Uma equipa de investigadores japoneses fez uma descoberta que promete revolucionar a deteção da covid-19. Trata-se do desenvolvimento de máscaras que brilham se estiverem expostas a uma luz ultravioleta quando detetam vestígios do vírus SARS-CoV-2.

De acordo com os cientistas da Universidade Provincial de Kyoto, citados pela Kyodo News, esta inovação é possível com a utilização de anticorpos extraídos de ovos de avestruz - animais que, segundo os mesmos cientistas, são capazes de produzir vários tipos diferentes de anticorpos ou proteínas que neutralizam organismos desconhecidos no corpo.

"Podemos produzir em massa anticorpos provenientes de avestruzes a baixo custo. No futuro, quero transformar isto num kit de testagem que todos podem utilizar", disse Yasuhiro Tsukamoto, que liderou o projeto da equipa.

Em fevereiro do ano passado, a equipa introduziu uma "forma inativada" do coronavírus no interior de uma avestruz, uma operação que os cientistas dizem ter sido bem-sucedida, uma vez que culminou com a extração de uma grande quantidade de anticorpos dos ovos dos animais.

Com esta descoberta, a equipa avançou para um próximo passo: o desenvolvimento de um filtro especial que se coloca dentro das máscaras faciais e que pode ser retirado e pulverizado com um corante fluorescente que contém os anticorpos dos ovos de avestruz.

Quando os investigadores procederam aos ensaios, que se prolongaram por 10 dias e que contaram com a participação de 32 voluntários infetados com covid-19, descobriram que as máscaras de todos os participantes brilhavam sob luz ultravioleta, que desaparecia depois com o passar do tempo, conforme a diminuição da carga viral.

A equipa de cientistas pretende agora expandir os ensaios para 150 participantes, enquanto aguarda pela aprovação do governo para comercializar as respetivas máscaras já no próximo ano.

O próprio reitor da universidade descobriu que tinha covid-19 enquanto utilizava uma destas máscaras, tendo confirmado depois o resultado com um teste PCR.

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