José Gomes: «Exijo que o Marítimo seja respeitado»

28 abr 2023, 18:01
José Gomes no Gil Vicente-Marítimo (Manuel Fernando Araújo/Lusa)

Treinador dos madeirenses dirigiu duras críticas aos «senhores de Lisboa» na abordagem ao jogo com o V. Guimarães

José Gomes «exige que o Marítimo seja respeitado» e diz que «não é por ser de Lisboa que os clubes devem ter uma proteção diferente». Palavras fortes do treinador dos madeirenses na antevisão à receção Vitória de Guimarães, jogo da 30.ª jornada da Liga marcado para este sábado (15h30).

«Estamos numa luta contra clubes com uma dimensão muitíssimo menor, mas que representam outras regiões e, portanto, não é por sermos de Lisboa que vamos ter uma proteção diferente do que aqueles que estão na Madeira, porque os que estão na Madeira dão um contributo muito mais forte, uma imagem muito mais forte ao nosso futebol do que os clubes que estão mais perto da capital», sublinhou o técnico em conferência de imprensa.

Para o treinador do Marítimo, «basta olhar para os jogos em casa e ver o estádio cheio», para ver o impacto que o clube insular traz à I Liga portuguesa.

«Isto no peso da imagem do nosso campeonato não tem importância? Não merece ser respeitado? Exijo que seja respeitado, uma exigência dentro das minhas limitações de treinador do clube», frisou José Gomes, fazendo referência à forte assistência nos jogos caseiros, com mais de 9 mil espetadores na presente temporada, valores acima da média da grande maioria dos clubes do principal escalão.

O técnico natural de Matosinhos sublinhou a necessidade de «exigir das pessoas que mandam respeito» por aquilo que está a ser feito em prol da representação de uma região.

«Acho que tem um peso muito importante no nosso campeonato e que até devia, provavelmente, ser visto, até pelos senhores de Lisboa, com outros olhos e outra atenção e cuidado e serem mais críticos quando prejudicam em determinadas coisas o Marítimo», destacou, enfatizando que a Madeira «é de Portugal e que o Marítimo não caiu de paraquedas no futebol português».

Questionado sobre se as declarações seriam uma crítica implícita ao trabalho do árbitro no último jogo, em que o Marítimo saiu derrotado de Famalicão (2-3), depois de ter chegado ao intervalo a vencer por 2-0, José Gomes, de 52 anos, explicou que se tratava de «uma afirmação que se for a aprofundar será castigado».

O treinador dos madeirenses garantiu que as declarações do treinador do Vitória de Guimarães, que após a derrota frente ao Sporting (0-2) afirmou que não gostou, nem vai permitir «alguns comportamentos de meninos mimados», não resulta num aviso para os madeirenses, pois têm de «estar preparados para defrontar o melhor Vitória de Guimarães, independentemente, do que foi dito».

«Ficámos a pensar, como se referiu à segunda parte do jogo, quem teriam sido esses meninos mimados e quem iria ser vítima da sua decisão na perspetiva de qual será o onze inicial. Mais nada do que isso, o recado foi para os jogadores deles», apontou ainda o treinador maritimista.

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