«A vitória é justa», assume adjunto de Nelo Vingada

11 mar 2001, 19:04

Marítimo-Leiria, 2-1 (reportagem) Arnaldo Carvalho afirma que a vitória do Marítimo acaba por ser justa e fala da atitude e vontade de vencer dos seus jogadores. Para Manuel José, a arbitragem terá tido influência em novo insucesso tardio.

Arnaldo Carvalho, adjunto de Nelo Vingada, falou aos jornalistas sobre o jogo desta tarde, no Barreiros. «Sentimos bastantes dificuldades, mas os jogadores demonstraram muita atitude e vontade de vencer», começou por referir, numa primeira abordagem que encerraria com um resumo breve. «Controlámos o jogo na primeira parte e criámos alguns bons lances de futebol. Na segunda, continuámos com vontade de vencer e procurámos a vitória». As contas pareciam-lhe simples: «Pelo que fizemos, parece-me que a vitória é justa». 

O ténico concordaria, de seguida, que o Marítimo não realizou uma exibição exuberante. «As dificuldades que sentimos», explicou, «têm a ver com o mérito do Leiria, que se fechou bem e fez boas marcações aos nossos avançados». A constatação, apesar de tudo, não impediu Arnaldo Carvalho de sublinhar que o «Marítimo demonstrou que tem uma boa equipa». 

Durante a semana de trabalho, falou-se uma eventual ansiedade no interior do balneário, motivada por alguns resultados menos positivos. «A ansiedade está fora do grupo», contrariou, «os jogadores estão unidos e perfeitamente conscientes das dificuldades que ainda vão enfrentar». 

Manuel José: «Saimos amarelos como os coreanos» 

O treinador do Leiria principiou por referir que «é sempre muito complicado digerir uma derrota que surge no último minuto». Esta no entanto, não foi a primeira vez que os leirienses deixaram fugir pontos com o final dos encontros à vista. «É o quarto jogo que perdemos ou empatamos no último minuto», lembrou. 

Manuel José considerou ainda que «a vitória do Marítimo não é justa», uma vez que, «embora tenha dominado», o adversário «não oportunidades de golo». O triunfo dos madeirenses, assim sendo, pode ter resultado de uma fraqueza específica da sua equipa. «A saída do Paulo Duarte foi determinante para a nossa derrota, já que ficámos sem defesas altos e sofremos um golo de cabeça». 

A exibição do Leiria, no entender de Manue José, foi ainda condicionada por um outro factor. «Defendemos muito bem, mas não conseguimos sair a jogar, pois havia sempre falta. Foram marcadas 17 à entrada da nossa área». Críticas à arbitragem? «Chegámos cá portugueses e saímos coreanos. Todos amarelos». O técnico explicaria: «São faltas a mais. Assim não podemos jogar. Também achei muita piada à reentrada do Tiago, que demorou dois ou três minutos e à situação em que o Krpan foi agarrado pela camisola e não houve nem falta nem cartão». 

Apesar de derrotado, Manuel José lembrou que o Leiria está prestes a atingr o seu objectivo. «Tinha dito que esta seria a primeira de oito finais. Acho que vamos ficar na I Liga e espero ganhar o próximo jogo em casa para garantir desde já a permanência».

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