Rúben Dias: «Psicólogo? É através dele que vou destruir toda a gente»

27 abr 2022, 13:06
Rúben Dias (Manchester City-Portugal)

Central recordou afirmação no Benfica e «atritozito» com Luisão

Em entrevista ao WibCast, o central Rúben Dias recordou os primeiros passos na equipa principal do Benfica, onde percebeu que tinha de respeitar a hierarquia.

«Falava muito, sempre fui muito comunicativo. Quando cheguei, o Luisão estava em boa forma e houve ali um atritozito. O André Almeida até disse: ‘O miúdo fala muito’. Eles com o tempo perceberam que a minha comunicação era algo natural e não para me mostrar. O psicólogo disse-me para dar as minhas ordens, mas para ser mais progressivo», lembrou, ao programa que tem Hellen Telles, irmã de Alex Telles, como uma das protagonistas.

O defesa do Manchester City explicou a que se deve o seu comportamento dentro de campo. «Sempre tive boas influências em casa, que me ensinaram a procurar os erros em mim antes de procurar nos outros. Da mesma maneira que cultivas uma cultura vitoriosa num clube, também o fazes numa pessoa. Acredito que as oportunidades chegam e o que faz a diferença é se estás preparado para as agarrar ou não.»

Rúben Dias recordou ainda o momento da estreia pelos encarnados e destacou a importância do acompanhamento psicológico.

«No dia em que me estreei pela equipa principal, no Boavista, estavam todos a dizer: ‘O miúdo vai-se estrear’. Eu estava tranquilo, obviamente, ansioso e desejoso, mas tranquilo. O Tiago Pinto chama-me: ‘Eu sei que não estás nervoso como pensam, preparaste-te para quando este momento chegasse e, por isso, desfruta’», contou.

«Cada vez dou mais importância à família. Mas, desde muito jovem, nunca vi o facto de falar com um psicólogo como um problema que eu pudesse ter ou uma falha. Sempre vi como 'é através dele que vou destruir toda a gente, nem me vão ver chegar'.»

O internacional português, de 24 anos, garantiu que deixou a Luz «realizado» e só rumou à Premier League por considerar que ia chegar «topo».

«Ainda estava na equipa B e um treinador perguntou-se se já tinha algum clube em vista, porque podia ficar ou não na equipa principal. Na altura, se calhar até ingenuamente, mas era uma coisa muito fixa na minha cabeça, pensei: ‘Não saio daqui enquanto não estiver ali em cima, nem que fique um, dois, ou cinco anos. Nem por um segundo penso noutra coisa’. A partir do momento em que me afirmei na equipa principal do Benfica, o contexto é outro. Podes sair para contextos melhores em termos desportivos ou a nível salarial, mas para mim nunca fez sentido sair para algo que, mesmo que fosse benéfico a nível salarial, não acompanhasse a nível competitivo. Se saísse, era para o topo», rematou.

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