PSD: "É chegada a hora de abrir um novo ciclo político", diz Montenegro

Agência Lusa , RL
6 abr 2022, 11:30
Congresso PSD (Estela Silva/LUSA)

Luís Montenegro apresentou oficialmente esta quarta-feira a candidatura à liderança do PSD

O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro defendeu esta quarta-feira que “é chegada a hora de abrir um novo ciclo político, de renovação e abertura, de ambição e de esperança”, dizendo que com o socialismo “Portugal está a caminho da cauda da Europa”.

“Portugal precisa da nossa ação, reclama uma oposição determinada e uma alternativa corajosa”, disse, na apresentação da sua candidatura à liderança do PSD, na sede nacional, com o ‘slogan’ “Acreditar”, com a letra T substituído pela tradicional seta laranja do PSD.

Marcaram presença a militante ‘número dois’ do partido, Conceição Monteiro, e a antiga presidente da Assembleia da República Assunção Esteves.

O atual e anterior diretor de campanha (em 2020), Carlos Coelho e Pedro Alves, o atual e anterior coordenadores da moção, Joaquim Sarmento e Pedro Duarte, estiveram também na apresentação, tal como outros apoiantes como a antiga líder da JSD Margarida Balseiro Lopes, o antigo líder parlamentar Hugo Soares, António Leitão Amaro ou Pedro Reis.

“Não nos assustam maiorias absolutas nem mandatos longos"

O candidato à liderança do PSD defendeu que o partido “tem de voltar a ser a casa mãe das tendências não socialistas”, e avisou que não o assustam “maiorias absolutas ou mandatos longos”.

O antigo líder parlamentar afirmou ainda que o partido tem de se modernizar e ter novos temas, considerando que “a dispersão dos votos no centro-direita mostra que há lugar para novos discursos e narrativas”.

“Esse espaço é por natureza do PSD. O PSD é o incumbente do espaço não socialista e tem de voltar a ser a casa-mãe de todas as tendências não socialistas”, afirmou.

Na sua intervenção, de cerca de vinte minutos, Montenegro disse não se assustar com a perspetiva de uma longa travessia na oposição.

“Não nos assustam maiorias absolutas nem mandatos longos. Pelo contrário, encaramos isso como um desafio e um incentivo para nos organizarmos melhor, para sermos responsáveis e mais criativos”, disse.

Num discurso com muitas críticas à governação socialista, o antigo deputado defendeu que Portugal precisa “mais do que nunca de uma oposição atenta e implacável com os desvios” do executivo e “pronta a governar a qualquer momento”.

“Como muito bem lembrou o Presidente da República, um cenário de eleições antecipadas será inevitável caso o primeiro-ministro ceda à sua ambição pessoal e europeísta”, alertou.

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