Montenegro quer “unir" o PSD sem “ajustar contas com o passado”

Agência Lusa , BCE
5 abr 2022, 23:11
Congresso PSD (Estela Silva/LUSA)

Na véspera de apresentar publicamente a sua candidatura, o antigo deputado diz estar “totalmente empenhado em unir e reunir o PSD em volta de um projeto humanista e transformador”

O antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro disse esta segunda-feira aos militantes que se candidata à liderança para “unir e reunir o partido”, sem “perder tempo a ajustar contas com o passado”.

“Este não é tempo para queixumes, nem para tibiezas ou subtilezas. O que importa agora é que sejamos capazes de nos reorganizar e focar no futuro”, refere Montenegro, numa carta enviada aos militantes a que a Lusa teve acesso.

Na véspera de apresentar publicamente a sua candidatura, o antigo deputado diz estar “totalmente empenhado em unir e reunir o PSD em volta de um projeto humanista e transformador”. “Não o conseguiremos cumprir com o partido dividido, enredado em lutas internas permanentes, muitas vezes carregadas de intolerâncias, de intrigas e de mesquinhez”, alertou.

Ainda assim, na mensagem enviada aos militantes, Montenegro referiu que o PSD encerrou “um ciclo político com várias derrotas eleitorais e com a emergência de uma maioria absoluta” do principal adversário político, o PS.

“Os portugueses decidiram e deram ao PSD um duplo mandato. O de fazermos uma oposição firme, séria e vigilante e o de afirmarmos uma alternativa política credível, coesa e mobilizadora dos portugueses. Só assim poderemos reclamar novamente a responsabilidade de governar Portugal”, defendeu.

Luís Montenegro salientou que, entre os que procuram uma alternativa, “há desempregados sem esperança e milhões de portugueses com empregos precários e baixos salários” e “idosos sós e com acesso dificultado a serviços de saúde”, bem como “empresas asfixiadas em custos galopantes”.

“E há hoje uma guerra na Europa que nos recorda quão frágeis são a Democracia, os Direitos Humanos e a Liberdade”, acrescentou, na carta enviada aos militantes.

Luís Montenegro afirmou querer protagonizar “um projeto aberto à sociedade, agregador, edificado de baixo para cima, a partir de cada militante, de cada simpatizante, de cada autarca e de cada estrutura”.

“Temos de estar à altura do que foi e é o nosso PSD: os seus ideais, a sua istória e os seus militantes (…) Acredito muito em Portugal e acredito muito no PSD. Conto com todos para fazer Portugal acreditar”, diz.

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