"O Livre estará pronto para ir a eleições e pode ambicionar ter um grupo parlamentar"

8 nov 2023, 12:42

Rui Tavares garantiu que o partido não faz nem "pedidos ou exigências" porque este "é o tempo do Presidente da República", no entanto, pede a Marcelo que não "prolongue uma situação de incerteza" no país

Rui Tavares garantiu, à saída da reunião com o Presidente da República, que "o Livre estará pronto para ir a eleições e pode ambicionar ter um grupo parlamentar", caso a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa seja avançar para o cenário de eleições antecipadas.

O Chefe de Estado recebe esta quarta-feira os partidos no Palácio de Belém por ordem crescente de representação parlamentar, antes de auscultar na quinta-feira o Conselho de Estado, para uma eventual dissolução do parlamento, após a demissão do primeiro-ministro.

"Em 48 horas encontramo-nos aqui numa situação de absoluta excepcionalidade política no país, com desafios, riscos no país que não têm paralelo na nossa história democrática. E o que é mais importante para os portugueses é perceberem como é que passámos, em 48 horas, de uma situação de rotina para uma situação de absoluta excepcionalidade, se o que o aconteceu de permeio justifica e explica, ou não a excepcionalidade em que estamos. E, merecemos todos, conhecer melhor os contornos do que nos trouxe até aqui. Em boa medida, os nossos concidadãos, nós mesmos, estamos sem entender se é de forma meramente contingente que chegamos a esta situação de excepcionalidade ou se há situações concretas que nos devam preocupar ainda mais", afirmou Rui Tavares.

Garantindo que "este é o tempo do Presidente da República", o líder parlamentar do Livre explicou que o partido não faz nem "pedidos ou exigências" mas acrescenta "algumas reflexões".

"Se o caminho a ser escolhido pelo o Presidente da República for o de dissolução do Parlamento e de marcação de eleições antecipadas, no entender do Livre, essas eleições devem se marcadas o mais depressa possível. Não interessa ao país que se prolongue uma situação de incerteza e que estejamos durante muito tempo sem um parlamento democraticamente escolhido e que clarifique os caminhos de futuro para o país. Se o cenário for outro, também é muito importante que o Presidente da República comunique ao país com que critérios e de que formas é que o cenário poderia ser outro que não de eleições antecipadas".

Na terça-feira, António Costa apresentou a demissão de primeiro-ministro ao Presidente da República depois de o Ministério Público ter anunciado que é alvo de inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário".

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