Vizela-Marítimo, 3-0 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio do FC Vizela
14 jan 2023, 17:26

Dois raides vizelenses assinam a ficha aos cinco minutos

A história do jogo entre o Vizela e o Marítimo vai da intensidade máxima, com dois golos em apenas dois minutos logo abrir, a um longo bocejo. Os vizelenses assinaram a ficha de jogo logo aos cinco minutos, carimbaram o triunfo (3-0) com dois golos de Osmajic – Anderson fez o terceiro já com a questão arrumada – e deixaram o conjunto insular sem capacidade de resposta.

Os dois primeiros golos do Vizela, numa fase precoce do encontro, nascem de dois lances de fino recorte, ainda para mais frente a um Marítimo sonolento, que ficou a ver jogar, fechando-se aí a narrativa. Cedo se percebeu que seria uma questão de números, até porque esteve sempre mais próximo de marcar o Vizela do que propriamente o Marítimo entrar no jogo, até porque os insulares jogaram praticamente toda a segunda metade reduzidos a dez.

Com um arranque de época para esquecer, mergulhado na cauda da tabela apenas com duas vitória somadas, o Marítimo apresentava-se em Vizela altamente moralizado após vencer o Sporting na última jornada. Depois de dois meses e meio sem vencer – desde outubro – e com o terceiro treinador da época no banco, esse triunfo frente aos leões podia ser encarado como o tónico que faltava.

Samu e Osmajic: os homens dos raides

Mas, aos cinco minutos os insulares já perdiam por duas bolas a zero, entrando em campo de uma forma completamente apática. A Juntar a isso há, sem dúvida, também muito mérito da equipa vizelense, que construiu dois golos sublimes através de jogadas de combinação com os mesmos protagonistas.

Samu e Osmajic. O primeiro assistiu, o segundo bisou. O primeiro golo, aos três minutos, é delicioso, com o Vizela a trocar a bola com uma facilidade tremenda: Samu combinou com Bondoso e fez o cruzamento certeiro, a atravessar a pequena área, para o avançado montenegrino finalizar com serenidade.

Entre festejos e a confirmação da legalidade do jogo, retirando-se o tempo em que a bola não rolou, o Vizela marcou de pronto o segundo. Lance imediatamente a seguir, nova troca de bola simples do Vizela com Samu a picar a bola para as costas da defesa, de forma ousada até, uma vez mais a defensiva maritimista andou aos papeis, e agradecendo a oferta Osmajic encheu o pé para bisar.

Anderson fechou as contas; Marítimo acaba com dez

Em apenas dois minutos o Vizela retirou a injeção de confiança ao Marítimo e praticamente definiu o jogo quando estava disputados cinco minutos. Os insulares não tiveram capacidade de resposta, acusaram a péssima entrada em jogo, e não foram capazes de reagir à desvantagem, deixando o Vizela tranquilo no jogo.

No início da segunda o Marítimo ainda tentou dar um ar da sua graça. Xadas rematou no interior da área, Buntic estava batido, mas Bruno Wilson substitui-o na pequena área, evitando o golo no único fogacho do Marítimo em todo o jogo. Com apenas cinco minutos cumpridos na segunda metade a tarefa de responder – já de si complicada – ficou ainda menos expectável por parte do Marítimo. Matheus Costa foi expulso ao travar Osmajic, deixando os insulares a jogar com dez praticamente toda a segunda metade.

Apenas foi preciso rasurar a ficha para acrescentar o terceiro golo vizelenese, apontado por Anderson, aplicando-se a mesma chapa três do último jogo em casa ao Vitória, por parte do Vizela. Triunfo fácil e demasiado simples do Vizela, perante um Marítimo que rapidamente se desfez do balão de oxigénio que o triunfo sobre o Sporting podia significar.

 

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