Tulipa: «Guzzo é uma perda grande e significativa para nós»

Ricardo Jorge Castro , Estádio do FC Vizela, Vizela
10 fev 2023, 23:35
Vizela-Desp. Chaves (ESTELA SILVA/LUSA)

Vizela-Desp. Chaves, 0-0 (reportagem) | Treinador do Vizela aborda saída por lesão do médio, frisa potencial de quem pode ter oportunidades e fala num resultado que «se ajusta ao que se passou em campo», pela superioridade de uma e outra equipa em cada parte

Declarações do treinador do Vizela, Tulipa, na sala de imprensa do Estádio do FC Vizela, após o empate ante o Desportivo de Chaves (0-0), em jogo da 20.ª jornada da I Liga:

«Olhando para o que tínhamos pensado, claramente que sabe a pouco. Tínhamos uma intenção, algumas prioridades para este jogo e não foram, no fundo, aplicadas e vistas no jogo, por mérito do adversário, porque a nossa primeira parte não foi boa, condizente com o que normalmente conseguimos. Pensava em ganhar o jogo, mas como o jogo decorreu, acho que o resultado se ajusta ao que se passou em campo. As equipas superiorizam-se cada uma numa parte e as oportunidades foram divididas. Houve alguma concordância no que foi o resultado.»

[O que o desagradou mais na primeira parte e se ficou agradado com o crescimento nos últimos 30 minutos]: «Eu não fiquei contente com o que aconteceu na primeira parte, muito também por responsabilidade nossa. Ou seja, não andámos juntos na primeira pressão. Deixámos que jogadores vitais e de grande importância na construção de jogo do Chaves tivessem tempo e espaço para decidir, o João Mendes e o Juninho. Também, por vezes, encontravam os laterais que já se expunham um bocadinho à largura e à profundidade e se não apertássemos o portador da bola numa fase inicial e quando eles serviam os médios, não os apertássemos também, iríamos ter dificuldades e foi isso que aconteceu. Houve mérito do adversário e algum demérito nosso. Conseguimos perceber e os ajustes posicionais levaram a que a equipa melhorasse, que também ganhasse uma energia diferente. Que fosse mais parecida com a nossa identidade e terminámos o jogo por cima. O jogo também teve algumas faltas a mais para o jogo que se jogou.»

[Entradas de Etim e Lacava na parte final]: «Quando trocamos, é para acrescentar coisas à equipa. O Nuno [Moreira] estava a ser, possivelmente, dos nossos melhores jogadores e saiu porque o Matías tem características próprias, pode catapultar-nos para situações próximas da área, um para um, é forte nisso. Com o Matías foi muito isso. O Etim, quando começa a gerar espaço, ataca bem a profundidade, não é tão forte nos primeiros metros como o Osmajic e senti que o adversário estava um pouco fragilizado em termos físicos e ia gerar esse espaço. Tivemos oportunidades depois, não só pelo Etim, mais até pelo Kiko e pelo Matías. Fomos atrás das trocas para ganhar características diferentes.»

[Lesão de Guzzo]: «É mais a minha sensação como ex-jogador: ele faz aquela corrida, mas acho que já atrás deve ter sentido algum problema muscular e acabou por nem ser feliz na conclusão da jogada, mas é uma perda grande para nós. Se tivermos um jogador como o Guzzo e se o perdemos algum tempo… Acreditamos muito no posto médico, acho que vamos fazer um grande esforço, mas tê-lo fora é uma perda significativa.»

[Ausência de Samu no próximo jogo por castigo e possível ausência de Guzzo]: «Não mexemos muito no plantel porque acreditamos na estrutura que tínhamos. Fizemos duas incorporações pontuais. Às vezes, é perante estes cenários que aparecem oportunidades para o Pedro, para o Matías, para o Rashid e temos um jogador que acho que é muito bom e que não está a participar no onze: o Alex Méndez. Temos de confiar, primeiro no processo e claramente nos jogadores.»

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