Casa Pia-Vizela, 0-1 (crónica)

5 nov 2023, 17:50

Soro, um salto do banco para fora da linha de água

Dois meses depois, o Vizela voltou a sorrir na Liga, e sorri agora fora da linha de água, aquela que mais preocupa num campeonato.

Não foi no Minho que a equipa de Pablo Villar encontrou o conforto dos lugares de permanência, mas foi sim em Rio Maior, onde se deu o triunfo em casa do Casa Pia, por 1-0.

Para os casapianos eram já três jogos sem perder – um para a Liga, outro para a Taça e outro para a Taça da Liga –, dos quais os dois últimos foram em casa de Benfica e Sp. Braga, respetivamente. Moralizador, no mínimo.

Por sua vez, o Vizela chegava a este encontro bem mais apertado em termos de resultados. Houve o triunfo para a Taça, sim, mas o penúltimo lugar na tabela classificativa e os dois meses sem ganhar não mentiam.

Vizela contra o contexto

Apesar deste contexto, no entanto, foi a formação minhota a entrar com sinal mais no relvado. A primeira defesa até é de Buntic, mas o Vizela foi mais forte nos primeiros minutos, embora sem grandes aproximações à baliza contrária.

FILME E FICHA DE JOGO.

Esse foi, aliás, um padrão que se viu durante toda a primeira parte. Muito jogo a meio-campo, muita luta – o relvado foi ficando mais pesado com a chuva –, mas pouca ação junto das balizas. Só mesmo a acabar, num lance de bola parada, Escoval ameaçou verdadeiramente Ricardo Batista.

A segunda parte não trouxe outra cara para o jogo, mas também não pode dizer-se que as coisas tenham sido iguais.

As duas equipas soltaram-se mais, procuraram mais o golo, mas o sinal mais voltou a ser do clube nortenho. Isto, apesar, de a primeira grande oportunidade da etapa complementar ter sido do Casa Pia: Felippe Cardoso, sozinho, cabeceou por cima.

Com o passar dos minutos, entrou o dedo dos bancos, ou neste caso, do banco.

Soro, a aposta ganha de Villar

A vida de treinador nem sempre é fácil, são os primeiros a dar a cara, mas Pablo Villar deve ser um homem feliz neste final de semana. O timoneiro do Vizela lançou Alex Méndez e Alberto Soro aos 68 minutos, e dois minutos depois foi recompensado.

Soro, numa jogada bem gizada pelo ataque vizelense – e com alguma sorte também –, bateu Ricardo Batista e abriu as hostilidades em Rio Maior. Pela única vez.

Isto porque o Casa Pia subiu linhas e foi em busca do empate, mas faltou inspiração e qualidade à equipa de Filipe Martins, exímia na hora de defender, mas longe da perfeição na hora de atacar. E os casapianos pagaram fatura.

Só Jajá, um dos elementos em maior destaque, obrigou Buntic a trabalhos forçados, já bem dentro do tempo de descontos. A vitória do Vizela pouco foi ameaçada nesses últimos minutos.

E com estes três pontos, os minhotos deixam o penúltimo lugar e respiram agora de outra maneira, bem mais tranquila, na tabela classificativa. Em 12.º com mais um ponto está o Casa Pia, que continua a demonstrar evidentes dificuldades a jogar na condição de visitado. Talvez jogar a mais de 70 quilómetros de Pina Manique não ajude.

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