V. Guimarães-Sporting, 0-2 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio D. Afonso Henriques
24 abr 2023, 22:19

Leão volta a rugir num castelo a desmoronar-se

O leão voltou a rugir. Um rugido tímido, é certo, mas suficiente para se fazer ouvir após a eliminação europeia aos pés da Juventus. A equipa de Ruben Amorim venceu em Guimarães (0-2) com golos de Pote e Artur, a abrir e a fechar o segundo tempo, pondo assim fim à série de três jogos sem vencer.

A rubricar uma época aquém do esperado, passando por séries de jogos sem vencer, Vitória e Sporting fecharam a jornada 29 da Liga num jogo amargurado, com os objetivos estabelecidos apenas visíveis num horizonte longínquo. Após uma primeira metade de xadrez, o Sporting foi claramente superior no segundo tempo, criou várias oportunidades e justificou os três pontos.

Sexto jogo consecutivo sem vencer do Vitória de Guimarães, que acaba a jornada no sétimo lugar, com o quinto lugar cada vez mais distante e vendo o Famalicão ocupar o sexto. A equipa de Moreno foi muito pouco acutilante: Em desvantagem praticamente toa a segunda metade, não criou uma oportunidade de golo.

Jogo de paciência: faltou a emoção

A flor do relvado do D. Afonso Henriques assistiu-se a um autêntico jogo de paciência, ao estilo de xadrez, como mais foco no posicionamento e movimentação das peças em campo do que propriamente nos argumentos técnicos e na alma que o futebol pede. Os primeiros minutos foram, portanto, insípidos.

O Sporting dispôs de longas trocas de bola em zonas demasiado baixas do terreno, nas imediações da sua área, procurando iludir a marcação adversária para sair a jogar. Sem argumentos, face à pressão do Vitória, insistiu várias vezes nas bolas longas, mas sem sucesso.

Tímido, apesar de jogar mais na expetativa, até foi o conjunto de Moreno a acabar por ser mais perigoso. Em lances de bola parada acabou por conseguir aproximações à área de Adán mais prometedoras, acabando a primeira metade a festejar. André Silva fez abanar a redes, mas estava em posição irregular. Momento de inspiração de Johnston a fintar Nuno Santos, fazendo depois o passe para o coração da área, mas o colega estava adiantado.

Sporting alheio à falta de comparência

Poucos minutos após o golo anulado ao Vitória, segundo a cronologia do jogo, foi o Sporting a sorrir, ao marcar nos instantes iniciais da segunda metade. Um remate espontâneo de Pote à entrada da área, após uma série de duelos ganhos, guindou o Sporting para um triunfo incontestável.

Em desvantagem, a equipa de Guimarães não se conseguiu organizar, perdeu o meio campo e viu um Sporting perdulário ir construindo lances ofensivos, alguns deles perigosos. Do outro lado, Adán ia sendo um mero espectador. A baliza leonina não foi visada em todo o segundo tempo, numa espécie de falta de comparência dos vimaranenses.

Já nos descontos, Artur – pouco depois de entrar – fechou a contagem em mais um lance em que Celton Biai não fica bem na fotografia. Se já no primeiro golo sofrido não fica isento de culpas, no segundo as fragilidades do guarda-redes foram notórias. Triunfo que acaba por ser simples por parte dos leões, recolocando-se a sete pontos do pódio quando falta disputar cinco jornadas. 

 

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