Sp. Braga-Sporting, 1-1 (crónica)

3 set 2023, 22:43

Guerreiros e leões anulam-se: sobraram dois momentos de inspiração

A ronda 4 da Liga terminou na pedreira com o jogo de cartaz. Guerreiros e leões anularam-se, assinando um empate a uma bola que dita que, ao fim de quatro jornadas, já todas as equipas perderam pontos. Com a possibilidade de saltar isolado para o topo da classificação, o Sporting esteve durante um longo período em vantagem, mas acabou por sucumbir (1-1).

Pote, numa noite em que até nem esteve propriamente inspirado, começou por indicar a continuidade dos leões no trilho dos triunfos. O Sp. Braga não entregou as armas, tal como tem sido habitual, e foi ao banco de suplentes resgatar a rebeldia que estava a faltar. Álvaro Djaló saltou para o relvado para fazer um grande golo, de livre direto, e definir o empate a uma bola.

Intenso, bem disputado de parte a parte e com momentos interessantes, o embate entre Sp. Braga e Sporting teve bons momentos. Os dois golos, de levantar o estádio, sem exemplo disso mesmo. As equipas acabaram por se anular, acertando um ponto para cada lado, vindo ao de cima os dois momentos de inspiração que se transformaram em golos de montra.

Leão olha para a liderança

No jogo de cartaz da 4.ª ronda da Liga, o Sporting entrou em campo com um incentivo extra, alguns minutos depois de o FC Porto ceder pontos na receção ao Arouca. As incidências no Dragão iam sendo vividas nas bancadas, sabendo os leões que podiam ser a primeira equipa a ter o estatuto de líder isolado do campeonato.

Esse estigma não se sentiu e a equipa de Ruben Amorim foi a jogo tranquila e focada nas suas tarefas frente a um Sp. Braga em estado de graça após o apuramento para a fase de grupos da Champions com o triunfo no terreno do Panathinaikos. Foi com a amplitude de Nuno Santos e Esgaio, a juntar à capacidade de explosão que Gyokeres rompeu pela organização bracarense.

Exatamente com o mesmo onze que bateu o Famalicão na última ronda, o Sporting adiantou-se no marcador a meio da primeira parte. Passe de Diomande para o avançado que andava perdido entre linhas. Os médios arsenalistas deixaram a questão para os defesas, Marín hesitou e Niakaté recuou: aproveitou Pote, deixou a bola rolar até à área, enquadrando-se para o remate de primeira para o fundo das redes. Bom golo do internacional português.

Guerreiros não entregam as armas

Seguiu-se a fase de maior incerteza do encontro. Tentou responder o Sp. Braga, conseguiu subir alguns metros no terreno e colecionou alguns lances que, caso fossem definidos com mais critério poderiam ser decisivos. Organizados, os leões iam ripostando e até festejaram o segundo. Mas, em posição irregular no caminho entre a bola e Matheus, Pote traiu o remate de fora da área de Hjulmand.

A segunda metade trouxe menor margem de erro. Como consequência, assistiu-se também a uma menor dose de risco de parte a parte. Não faltou intensidade nem afinco nos duelos, mas a clarividência não era a mesma. O Sp. Braga fazia por responder à desvantagem, mas sem se expor em demasia a um segundo golo que comprometesse em definitivo as suas pretensões. De olho no segundo, ainda que de forma contida, o Sporting também pensou primeiro na vantagem mínima.

Neste limbo o cronómetro foi evoluindo. Precisava de mais energia na reação o Sp. Braga, Artur Jorge foi busca-la ao banco. Álvaro Djaló foi a arma secreta, apontando um golo de bandeira na transformação de um livre direto que deixou Adán sem hipóteses a doze minutos para os noventa.

Podia ter caído para qualquer lado nos instantes finais, Sp. Braga e Sporting quiserem mais do que um ponto e criaram lances de sobressalto junto da baliza adversária. Nenhum dos conjuntos teve sucesso. O Sporting perde os primeiros pontos e a oportunidade de se isolar na liderança. Volta a ceder pontos em casa o Sp. Braga, depois de ser derrotado no jogo de abertura do campeonato pelo Famalicão.

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