«Rejeitei contrato que me resolvia a vida para ser do Boavista»

5 nov 2020, 14:39
Boavista-Benfica (Lusa)

Alberth Elis vive os primeiros dias no Boavista e explicou como está a ser a mudança para a Europa

A cumprir a época de estreia na Europa, Alberth Elis vive um bom momento ao serviço do Boavista, depois de ter estado em destaque na vitória caseira diante do Benfica, em que apontou um golo.

Vindo de «um bairro e família humilde», o avançado hondurenho admitiu que rejeitou continuar na MLS para cumprir o sonho de jogar no Velho Continente.

«Tive a opção de poder assinar um contrato extenso na MLS, que praticamente me resolveria a vida, mas decidi vir para a Europa porque era o meu sonho, sonhava com isto desde pequeno. Agora estou aqui e continuo a trabalhar porque sei que tenho muito a melhorar», disse em declarações à agência EFE.

«Eu ficava livre em janeiro, tinha decidido não renovar, e chega o Boavista. Gostei muito, investiguei a equipa e pareceu-me uma cidade bonita. Fiz as minhas malas e vim para o Boavista, onde estou muito feliz e me tratam muito bem. Apesar de ter tido uma lesão na minha segunda semana, a equipa apoiou-me sempre», acrescentou.

Elis confessa ter recebido «todo o apoio» do treinador Vasco Seabra, que o colocou a jogar no centro do ataque, embora estivesse habituado a jogar «a ala direito». O hondurenho elogiou também a qualidade da equipa, que mistura juventude com experiência. Entre os mais jovens, Angel Gomes, tem saltado à vista.

«[O Angel] É um dos melhores assistentes, muito técnico e inteligente. Torna o trabalho mais fácil para os outros, porque a bola vai para onde queres. É jovem, mas com muita qualidade numa equipa que está a crescer», assumiu.

O avançado de 24 anos revelou ainda que «no balneário a maioria fala espanhol», tal como o capitão Javi García.

«Nós os jovens vemo-lo treinar e está sempre a cem por cento. É Um dos primeiros a chegar e é algo que dá motivação. Aconselha-nos sempre, é algo importante para todo o plantel, que a maioria está abaixo dos 22 anos», sublinhou.

A «panterita», como é conhecido, revelou também a origem da alcunha.

«O David Suazo, que jogou no Inter de Milão e Benfica, era o jogador que mais seguia, e daí nasceu a alcunha de "la panterita", por ele, que era chamado "a pantera". A nível pessoal falei muito com ele e aconselhou-me muito», admitiu.

Alberth Elis chegou ao Boavista este verão, depois de mais de três épocas ao serviço do Houston Dynamo, da MLS. Formado no Olimpia, das Honduras, passou também pelo Monterrey, do México, antes de ingressar no emblema norte-americano.

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