Arouca-Estrela, 0-0 (destaques)

5 mai, 21:00
Arouca-Estrela da Amadora (PAULO NOVAIS/LUSA)

O mosqueteiro em falta e um «Tricolor» sem veia ofensiva

MOMENTO DO JOGO: Sylla contra o tédio

Ao minuto 33, e após jogada delineada pela direita, Sylla aplicou um arco indefensável para Bruno Brígido. No entanto, o remate «morreu» na barra, para alívio da meia centena de adeptos do Estrela. Depois de os visitantes ensaiarem o perigo, os «Lobos» arrecadaram a melhor oportunidade do encontro.

Foi uma tarde atípica, de pouca intensidade e rara vontade em vencer. O emblema da Freita parece satisfeito com o sétimo lugar e, parcialmente, em modo de gestão de esforço. De lamentar, pois é um regalo ver os criativos dos «Lobos» brilharem.

FIGURA DO JOGO: Sylla

Ainda que Cristo e Jason tenham liderado a construção dos anfitriões, a verdade é que Sylla foi a seta apontada à baliza de Bruno Brígido. Na falta de referências na área, o médio apresentava-se em boa posição para romper a defesa contrária e visar a baliza. Ainda que fosse intermitente, fez estragos no caminho para o intervalo e nos últimos 20 minutos da partida.

Este foi um encontro de raras oportunidades de golo. Como tal, os avançados não brilharam e os guarda-redes pouco trabalho tiveram.

Reveja, aqui, o filme do jogo.

Outros destaques:

João Valido

A estreia nesta edição da Liga motivou o guardião a momentos de risco, até de loucura. Em cima do intervalo, uma saída mal medida quase culminou no golo do Estrela. Valeu a desorganização ofensiva do «Tricolor». Em todo o caso, foi uma tarde consistente de Valido. Aos 24 anos, tem talento para outro nível de exigência e protagonismo, como ficou provado na Liga3, pelo Vitória de Setúbal.

Bruno Brígido

Sempre corajoso, o guardião do Estrela foi quem mais trabalho teve, sobretudo para «apagar incêndios» originados pela defesa. Cortes defeituosos e contenções exageradas obrigaram Brígido a mergulhar por várias vezes. Numa dessas ocasiões, no arranque do jogo, embateu contra um adversário. Como tal, foi presenteado com um penso na testa.

André Luiz

A referência do Estrela na profundidade na primeira parte, quando combinou com Léo Cordeiro e prometeu instalar o pânico nas imediações da área de Valido. Contudo, essa promessa nunca se efetivou. Para agravar, na segunda parte, desapareceu. André Luiz teve uma tarefa que funcionaria na teoria, mas jamais na prática, sobretudo pelos índices de resistência.

Léo Jabá

O responsável pela única oportunidade do Estrela, aos 22m. Com tempo e espaço, foi incapaz de ser pragmático, permitindo a cobertura dos defesas. Parecia um aviso com estragos a caminho. Mas, tal como André Luiz, ficou pela promessa. E na segunda parte também desapareceu. Assim, o ataque do «Tricolor» foi mera presença até ao minuto 68, quando a dupla recolheu ao banco de suplentes.

Jason e Cristo

Os carregadores do piano do Arouca. Todavia, faltava o terceiro mosqueteiro na área. Ainda que Sylla abrisse espaços no corredor, a estratégia de Daniel Sousa estava órfã de Mújica. Como tal, a criatividade e a construção dos espanhóis carecia de quem desse seguimento, de preferência na direção da baliza.

Relacionados

Mais Lidas

Patrocinados