Gil Vicente-Portimonense, 1-0 (crónica)

Nuno Dantas , Estádio Cidade de Barcelos
23 jan 2022, 20:09
Gil Vicente-Portimonense (JOSÉ COELHO/LUSA)

Pedrinho derruba muralha algarvia à lei da bomba

Foi à lei da bomba que Pedrinho derrubou a muralha algarvia. Com o Portimonense a jogar com menos um desde os 25 minutos, por expulsão de Lucas Fernandes, o Gil Vicente ‘massacrou’ a formação alvinegra até alcançar o tão desejado golo da vitória.

A equipa de Barcelos continua no 5.º lugar e mantém o sonho de alcançar um lugar europeu bem vivo. Já a turma algarvia, que vendeu bem cara a derrota, atrasou-se nessa luta, ficando agora a cinco pontos dos gilistas e a dois do Vitória de Guimarães, que subiu ao 6.º posto.

Expulsão mudou o jogo  

Num improvável duelo pelos lugares europeu, galos e algarvios entraram cautelosos. Ricardo Soares manteve praticamente o mesmo onze que alinhou de início frente a Boavista, fazendo apenas uma alteração. Leautey saltou para o onze rendendo o lesionado Murilo. Já Paulo Sérgio provocou três mexidas no onze: saíram Willyan, Ewerton e Aylton Boa Morte, que rumou aos Emirados Árabes Unidos, e entraram Lucas Fernandes, Pedro Sá e Carlinhos.

Apesar do equilíbrio ser a nota dominante do início do encontro, era o Gil Vicente que conseguia chegar com maior facilidade junto da área adversária. À passagem do quarto de hora, os galos ficaram muito perto do golo, valendo a enorme defesa de Samuel Portugal. Após excelente jogada de Zé Carlos, que deixou dois opositores para trás, Fran Navarro rematou já na pequena área, mas o guardião brasileiro evitou o golo com uma palmada.

À passagem do minuto 25 o jogo iria mudar de figura. Lucas Fernandes carregou em falta Leautey e viu o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. Com menos um, o Portimonense baixou no terreno e juntou as linhas junto à sua área. Os gilistas carregam e não mais saíram do ataque.

Ainda assim, só em duas ocasiões é que os barcelenses ficaram perto do golo. Na primeira, após canto, Lucas Cunha apareceu solto ao segundo poste a rematar muito por alto. Em cima do descanso, Pedrinho de livre ficou a centímetros de inaugurar o marcador. Valeu um pequeno desvio de Nakajima a levar o esférico para canto.

Água mole em pedra dura

Na segunda metade foi mais do mesmo. O Gil Vicente a jogar nos últimos 20/30 metros do terreno de jogo, com o Portimonense completamente subjugado a domínio barcelense. Os galos trabalhavam o jogo ofensivo com paciência, tentando arranjar brechas na defensiva algarvia, algo difícil de acontecer.

Quando conseguiam, tinham pela frente um Samuel Portugal bastante inspirado que, com um par de boas defesas, ia mantendo tudo a zero. Pedrinho, aos 60’, ensaiou o que iria fazer 15 minutos mais tarde. À entrada da área, o médio disparou uma bomba que só parou no fundo das redes. Água mole em pedra dura… e estava desfeito o empate.

Um minuto volvido, Fujimoto surgiu solto pela esquerda na área e rematou para mais uma excelente defesa de Samuel. Até ao final, o Portimonense, depois de Paulo Sérgio refrescar a equipa, ainda esboçou uma reação, mas nunca incomodou a baliza de Frelih. A derradeira oportunidade foi mesmo a turma barcelense. No duelo Fran Navarro vs Samuel, o guardião algarvio voltou a levar a melhor e manteve o resultado na diferença mínima até ao final do encontro.

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