Marítimo-Feirense, 2-0 (crónica)

19 dez 2016, 19:46
Marítimo-Feirense

Maurício voltou a fazer a diferença

*por Raúl Caires

Dois golos do central Maurício fixaram, esta segunda-feira, o regresso às vitórias do Marítimo na Liga, depois das derrotas em Belém e no Dragão, que se seguiram à vitória diante do Benfica, no início de dezembro. Um resultado que se ajusta ao que se passou nos 90 minutos de uma partida em que a equipa de Daniel Ramos foi sempre mais perigosa e, como acabou por mostrar o marcador, tremendamente eficaz.

A derrota do Feirense, que não vence para a Liga desde setembro, quando derrotou o Boavista no Bessa, mantém a equipa de José Mota em «maus lençóis».

Os primeiros 20 minutos da partida revelaram duas equipas com esquemas tácticos algo semelhantes. À pressão alta do Marítimo que era realizada pouco depois da linha de meio-campo, respondeu o Feirense umas dezenas de metros atrás do seu miolo quando lhe tocava recuperar a posse de bola. O encaixe táctico, que chegou a roçar a monotonia, durou até aos 23’, quando após uma série de remates bloqueados pela defensiva do Feirense, Maurício surgiu imperial na pequena área para desfazer o empate com um cabeceamento imparável para Vana.

O Feirense tentou reagir, mas o melhor que conseguiu fazer surgiu com um remate de Platiny, aos 27’, desferido desde um ângulo já difícil para alvejar a baliza de Gottardi, e que talvez por isso saiu muito por cima.

A alteração no marcador não trouxe, contudo, um jogo mais aberto. O Marítimo continuou «dono e senhor» das operações, mas sem arriscar em demasia na hora de partir em busca do segundo golo. Até porque o Feirense mantinha-se quase fiel ao esquema de jogo inicial.

O novo «encaixe» táctico esteve para ser desfeito aos 36’, quando Vana correspondeu com uma defesa gigante a um remate de Éber Bessa. Mas o guardião da equipa de Santa Maria da Feira não conseguiu fazer nova diferença na sequência da marcação do canto que se seguiu. Maurício apareceu outra vez livre de marcação, desta feita na pequena área, e aumentou a vantagem, também de cabeça, aos 38’, e para desespero de José Mota. O intervalo chegou com o Marítimo a mandar e o Feirense a tentar reagir,  mas sem espaços, nada de relevante foi possível mostrar. 

FICHA DE JOGO E AO MINUTO

No reatamento, o técnico Feirense fez entrar Karamanos para o lugar de Kakuba, defesa por avançado numa clara aposta para inverter o rumo dos acontecimentos. 
A equipa visitante não alterou contudo a filosofia do seu esquema táctico, embora tenha começado a apostar em transições ofensivas mais arriscadas logo após a recuperação da posse de bola já em zonas mais adiantadas.

O Marítimo cedeu mais iniciativa ao Feirense, mas apesar de alguns lances de algum apuro, as redes da baliza de Gottardi estiveram quase sempre fora do alcance da ofensiva a visitante.

A tarefa da equipa de José Mota complicou-se seriamente aos 63’, quando Tiago Silva, que até estava a ser dos melhores do Feirense, viu o segundo cartão amarelo e recebeu ordem para regressar ir descansar mais cedo. 

O Marítimo, que já estava numa toada de «esforços mínimos» na gestão do resultado, passou a dominar ainda mais as operações, enquanto que o Feirense atirou a “toalha ao solo”.   

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