Sp. Braga-Nacional, 4-0 (crónica)

14 mai 2017, 22:35
Sp. Braga-Nacional (Lusa)

Pedreira despede-se com Nacional a ruir

Grito de revolta. A Pedreira despediu-se de uma temporada aquém das expetativas com um triunfo robusto sobre o Nacional da Madeira (4-0), assegurando assim matematicamente o quinto lugar da classificação com o regresso às vitórias depois de ter averbado três derrotas consecutivas.

Naquele que foi o último jogo caseiro da época, Abel Ferreira estreou-se a vencer no comando técnico da equipa bracarense - já o tinha feito na primeira volta em Alvalade, mas enquanto interino -, tendo na goleada da penúltima jornada uma espécie de redenção e atenuar dos pecados cometidos ao longo da temporada pelo emblema bracarense.

A vítima da revolta minhota foi o Nacional, já despromovido ao segundo escalão do futebol português. Contudo, os insulares assumem ao mesmo tempo o papel de réu no filme do jogo, ao terem de se penitenciar pelos erros cometidos, essencialmente a nível defensivo.

César e São Bento com entendimento difícil  

Com as contas da Liga Europa arrumadas face ao empate do Rio Ave, restava aos bracarenses carimbar o quinto lugar. Perante um Nacional em viagem de cruzeiro a despedir-se da Liga, o encontro ressentiu-se dessas vicissitudes e foi pouco dinâmico, teve carências no que à agressividade diz respeito e, fruto disso mesmo, o ritmo foi baixo de parte a parte.

Valeu ao Sp. Braga, ainda que fosse a melhor equipa em campo, o desacerto defensivo da equipa de João de Deus para que o resultado se fosse avolumando. Logo aos nove minutos César abriu o ativo para a equipa da casa. Troca de bola aparentemente inofensiva entre o defesa central e Vítor São Bento, César atrasou de primeira com força a mais num gesto técnico defeituoso e introduziu a bola na sua própria baliza.

A três minutos do intervalo a mesma dupla esteve em evidência num número já visto, fazendo da troca de bola uma perigosa ousadia. César atrasou para Vítor São Bento, o guarda-redes recebeu mal e permitiu que Stojiljkovic conseguisse intercetar a bola para a baliza. Dois golos algo caricatos que pelo meio tiveram um terceiro, que nasceu de uma troca de bola bem delineada pelos arsenalistas. Ricardo Horta serviu Stojiljkovic, que se limitou a encostar.  

Segunda metade em ritmo de despedida e com Neto

Depois do período de descanso o figurino do encontro não se alterou, tornando-se ainda mais pachorrento e ainda com menos motivos de interesse. Os insulares não demonstraram argumentos para importunar o Sp. Braga, enquanto que os arsenalistas também pouco fizeram para que a intensidade subisse de tom.

Valeu a entrada de Pedro Neto, jovem de apenas dezassete anos formado no Sp. Braga, para animar as hostes bracarenses. O miúdo que ascendeu diretamente da formação sem chegar a jogar na equipa B foi lançado por Abel Ferreira e fechou a contagem ao apontar o quarto dos arsenalistas perante 8932 espectadores que se regozijaram com a estreia daquela que é tida como uma das joias da formação.

Triunfo incontestável dos bracarenses numa noite em que o pouco futebol contrasta com os números atingidos no resultado e que, mais do que premiar a equipa da casa serve como mais uma punição a um Nacional afundado no último lugar.

Cai o pano sobre a presente época na Pedreira, com o Sp. Braga a garantir aquele que seria o objetivo mínimo dos mínimos.

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