Académica-Tondela, 2-1 (crónica)

10 jan 2016, 18:15

Reviravolta à lei da trivela

Num jogo muito importante para as contas da manutenção, a Académica bateu o Tondela por duas bolas a uma, num jogo resolvido na segunda parte por dois suplentes (Rafael Lopes e Hugo Sêco). 
 
Ambas as equipas entravam para esta jornada na sequência de derrotas muito distintas na última ronda: a Briosa perdeu de forma clara em Braga, enquanto o Tondela foi derrotado em casa pelo Paços num jogo no qual poderia perfeitamente ter pontuado, dada a quantidade de ocasiões que criou.

FILME E FICHA DE JOGO
 
O começo de jogo no Cidade de Coimbra até foi morno mas depressa o jogo se agitou: ao oitavo minuto, João Real cabeceou ao poste, após livre batido por Leandro Silva.
 
Na resposta, ao décimo minuto, Murillo entrou de rompante na pequena área, após excelente jogada de Oto´o na direita e desviou para o fundo das redes de Pedro Trigueira. O Tondela apanhava-se na frente do marcador bem cedo, situação inédita neste campeonato.
 
A Académica foi procurando a resposta, mas ia esbarrando na boa organização defensiva tondelense ou nos reflexos de Cláudio Ramos, guardião da equipa viseense que se mostrou muito importante a segurar a vantagem da equipa de Petit durante o primeiro tempo.
 
Leandro Silva ia pautando as operações ao meio perante um preenchido miolo da equipa do Tondela, numa batalha muito interessante. O médio emprestado pelo FC Porto à Académica foi um dos destaques do encontro e já a terminar os primeiros 45 minutos, bateu mais um livre para a cabeça de um companheiro, Ivanildo, que atirou para nova intervenção decisiva de Cláudio Ramos.

Destaques do Académica-Tondela: Hugo Seco, a arma secreta de Gouveia
 
Ao intervalo, ficava a sensação que a Briosa poderia ter alcançado a igualdade, mesmo sem estar a fazer um jogo consistente. O Tondela ia sendo premiado pela eficácia e pelo alto nível do guarda-redes.
 
Na entrada para os segundos 45 minutos, sem que qualquer um dos treinadores tenha efetuado alterações, a Académica entrou melhor, com Gonçalo Paciência a assustar Cláudio Ramos por duas vezes. Na resposta, Murillo, na sequência de duas bolas paradas, também poderia ter causado problemas, assim como Nathan Júnior, que obrigou Pedro Trigueira a uma das defesas da tarde.
 
À entrada para a última meia hora, Filipe Gouveia lançou Hugo Sêco e Rafael Lopes, tirando de jogo os pouco inspirados Marinho e Pedro Nuno. Como é habitual quando tem de arriscar, o técnico academista definiu um ataque com dois alas abertos e Gonçalo Paciência e Rafael Lopes em cunha ao centro.
 
E a troca surtiu efeito quase imediato: ao minuto 67, Ivanildo ganhou espaço na direita, cruzou para a área e Rafael Lopes elevou-se mais alto, empatando a partida com um vigoroso cabeceamento, fora do alcance de Cláudio Ramos. Filipe Gouveia seria por esta altura o homem mais satisfeito do mundo...
 
E seria ainda mais a cinco minutos do final, isto já depois de o Tondela ter ficado reduzido a dez, por lesão de Murillo, isto quando Petit já não dispunha de mais substituições para fazer. Após um alívio da defesa forasteira, Hugo Sêco atirou uma trivela de primeira, colocada, sem hipóteses para Cláudio Ramos. Um golo de se lhe tirar o chapéu!
 
Uma reviravolta épica de uma Briosa cada vez mais confortável no seu feudo, onde já soma três vitórias consecutivas. E a vantagem para o Tondela lá aumentou de cinco para oito pontos. Os comandados de Gouveia ficam mais tranquilos, os de Petit nem por isso...

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