Liga Europa: Sp. Braga-AEK, 3-0 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio Municipal de Braga
22 out 2020, 21:56
Sp. Braga-AEK Atenas (Lusa)

Helénicos sem pujança para estes guerreiros

O Sp. Braga entrou a ganhar no Grupo G da Liga Europa ao derrotar o AEK de Atenas na pedreira (3-0). Com mais poderia em todos os capítulos do jogo, a equipa de Carvalhal controlou as operações, encostou o adversário às cordas e somou o terceiro triunfo consecutivo com golos de Galeno, Paulinho e Ricardo Horta.

Golos que tiveram direito a aplausos. Comecemos por aí. 230 dias depois a pedreira voltou a ter adeptos. Sensivelmente dois milhares ocuparam os 7,5% de lotação permitida no estádio pelas autoridades de saúde. Tímidos, a ambientar-se às novas regras, lá festejaram o triunfo bracarense sobre os gregos.

Um triunfo que não sofre contestação tal o diferencial de qualidade que esteve à flor da relva entre as duas equipas. Organizado e sem nunca se expor perante um AEK voluntarioso mas sem grandes atributos técnicos, o Sp. Braga controlou o jogo e na reta final construiu um resultado amplamente favorável.

Cerco e flecha antes do descanso

Claramente mais dotado tecnicamente do que os gregos, o Sp. Braga assumiu por completo as despesas do jogo perante um AEK solidário, organizado na sua defensiva, mas limitado na construção de jogo.

De forma simples a equipa portuguesa montou o cerco à área helénica, faltando apenas mais afinco para criar perigo com mais preponderância no arranque do encontro. Aqui e ali foi conseguindo um outro remate, muitos bloqueados, outros desenquadrados.

Entre um pedido de penálti de Paulinho, que parece ter sido importunado quando se preparava para abrir o ativo quando o cronómetro se aproximada do intervalo, Fransérgio desperdiçou aquela que foi a oportunidade mais flagrante dos guerreiros na primeira metade. Cabeceamento ao lado com a baliza à sua mercê.

Pensava-se no intervalo e no afinar de estratégia quando finalmente o cerco bracarense ao conjunto ateniense deu frutos. Esgaio puxou do arco na direita, que é como quem diz tirou o cruzamento, e Galeno atirou a flecha. Golo de cabeça, com as medidas certas a levar os bracarenses a vencer justamente para o intervalo.

Depois de marcar Galeno assiste

A segunda metade foi diferente. Estranha, até. O AEK fez por ser uma pouco mais audaz, até porque corria atrás do resultado; o Sp. Braga tirou ligeiramente o pé do acelerador à sombra da vantagem.

Mesmo assim não foi suficiente para que os gregos dominassem. De quando em vez desciam com mais perigo à área bracarense, como num lance em que Nelson Oliveira teve a baliza à sua mercê mas atirou à malha lateral.

Mas, a maior audácia levava também a que houvesse mais espaço para as movimentações ofensivas da equipa lusa. Neste limbo, a qualidade técnica do Sp. Braga foi evidente, adivinhando-se mais propriamente um segundo golo arsenalista do que propriamente o empate.

Foi o que aconteceu. O jogo não terminou sem o segundo e sem o terceiro. Ao minuto 78, o Sp. Braga arrumou com a questão. Lance de Galeno a driblar dois adversários, servindo depois Paulinho para o avançado atirar cruzado de pé esquerdo para o fundo das redes. A dois minutos dos noventa nova combinação ofensiva, desta feita com Paulinho a servir Ricardo Horta para o terceiro.

Triunfo sólido por três bolas a zero do Sp. Braga, três pontos sem contestação dos arsenalistas antes do dérbi minhoto com o V. Guimarães.

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