Champions: Senado francês iliba adeptos e aponta dedo à organização

13 jul 2022, 17:19
Houve problemas na entrada de adeptos do Liverpool para a final da Champions, o que motivou o atraso do início do jogo

Comissão apresentou resultados da investigação aos incidentes registados antes da última final, junto ao Stade de France

Os incidentes registados antes da última final da Liga dos Campeões foram causados por «uma série de erros», e não pela presença de adeptos do Liverpool junto ao Stade de France, concluiu esta quarta-feira o senado gaulês.

«Não foi pelo facto de estarem muitos adeptos do Liverpool nas imediações do estádio, a acompanharem a sua equipa, que as coisas correram mal», disse o presidente da comissão de cultura da câmara baixa, Laurent Lafon, durante a apresentação das conclusões de uma análise aos incidentes, ocorridos a 28 de maio, junto ao Stade de France.

O líder da comissão legislativa, François-Noël Buffet, que acompanhou Lafon na apresentação, afirmou que o ministro do Interior, Gerald Darmanin, não disse a verdade quando, inicialmente, atribui a culpa dos incidentes aos muitos adeptos ingleses que tentaram entrar no estádio com bilhetes falsos.

«As palavras do ministro do Interior não estiveram à altura, não corresponderam ao que na realidade aconteceu», afirmou Buffet.

O ministro Gerald Darmanin acusou os adeptos ingleses de serem os principais responsáveis pelos incidentes, que, disse, foram causados pela «fraude maciça, industrial e organizada de bilhetes falsos».

As comissões do senado envolvidas na investigação concluíram que os incidentes, que obrigaram a atrasar em 36 minutos o início do jogo entre o Real de Madrid e Liverpool, se ficaram a dever a «uma série de erros» em «todas as fases» da organização e execução do plano de segurança e à falta de coordenação entre os diversos intervenientes.

Além de ter atrasado o início do jogo, a impossibilidade de encaminhar em tempo útil os espetadores munidos de bilhete provocou situações caóticas no acesso ao recinto de Saint-Denis, nos arredores de Paris.

Empurrões, tentativas de entrada sem bilhete, adeptos tratados com brutalidade pelas forças de segurança, ou vítimas de roubo, foram testemunhados por quem se deslocou para o jogo, que o Real Madrid venceu por 1-0.

Dois dias depois do jogo, a UEFA anunciou a abertura de um «inquérito independente» às falhas de segurança na final, liderado pelo português Tiago Brandão Rodrigues, ex-ministro da Educação.

Relacionados

Mais Lidas

Patrocinados