LC: Schalke-Real Madrid, 0-2 (crónica)

18 fev 2015, 22:00

Ronaldo abriu caminho para vitória segura do Real na Alemanha

Ainda que longe do brilho ostentado na última temporada e até esta época, o Real Madrid continua a chegar para a concorrência.

Esta quarta-feira, o campeão europeu venceu os alemães do Schalke 04 por 2-0 e manteve o registo imaculado nesta edição da «Liga milionária»: Ronaldo e companhia somam agora sete vitórias em sete jogos e só uma hecatombe daqui a três semanas no Santiago Bernabéu lhes pode tirar o lugar nos quartos de final da prova.

FILME E FICHA DO JOGO


Os «merengues» entraram apáticos no jogo e foi do Schalke a primeira boa ocasião de golo. Huntelaar ganhou espaço à entrada da área e atirou de pé esquerdo para boa intervenção de Iker Casillas, que cumpria o jogo 150 na «Champions».

O Real demorou a entrar no jogo. Numa zona mais central do terreno e demasiado estático, Ronaldo era o espelho de uma equipa pouco intensa com e sem bola, talvez à espera de um momento de brilhantismo do trio BBC (Benzema, Bale e Cristiano).

Momento esse que aconteceu aos 26 minutos, quando a defesa do Schalke cometeu o atrevimento de dar espaço ao melhor do mundo que, de cabeça, deu o melhor seguimento a um passe de Carvajal.



Sem Huntelaar (saiu por lesão), a formação alemã acusou o golo dos campeões europeus, que cresceram no jogo. Ronaldo, também ele, melhorou. Apareceu em zona mais recuadas para ir buscar jogo, ganhou faltas, arrancou um amarelo e só não bisou ainda no primeiro tempo graças à inspiração de Weillenreuther, o terceiro guarda-redes do Schalke, a fazer (aos 19 anos e sem tremer!) o primeiro jogo ao serviço do clube de Gelsenkirchen na prova mais importante de clubes da UEFA.

Se é certo que o Real fez muito pouco para chegar à vantagem, o que fez após o golo justificava a vantagem no descanso.

Os primeiros 25 minutos da segunda parte foram um martírio para quem assistiu a este Schalke-Real. Por isso, permita-nos o leitor que saltemos até ao minuto 74. Honra seja feita a Platte: foi ele quem acordou as bancadas da AufSchalke Arena, com um míssil em cheio na trave.


Mas o lance não acordou apenas o público. Teve, também, o condão de resgatar o Real de uma perigosa «picada de sono» em que estava imerso desde o regresso dos balneários.

Logo a seguir, Marcelo recebeu de Ronaldo, puxou para o pé direito e atirou colocadíssimo para o segundo dos «merengues» e o mais do que provável cheque-mate na eliminatória, perante um Schalke amorfo e que raramente pôs em causa o domínio de um Real que, mesmo com o copo meio-cheio, chegou para a encomenda.

Tal como há um ano, os «merengues» voltaram a passear em Gelsenkirchen. Sem a mesma nota artística, é certo, mas igualmente eficazes. E com Ronaldo mais próximo de patamares habituais.

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