Processo tem ao todo nove arguidos. Cinco foram detidos e sujeitos a interrogatório judicial
O Ministério Público (MP) já promoveu as medidas de coação para os arguidos da Operação Influencer e pediu, este domingo, a medida de coação de prisão preventiva para Vítor Escária (ex-chefe de gabinete de António Costa) e Lacerda Machado (a quem António Costa chamou de "melhor amigo" e que foi seu padrinho de casamento). O primeiro interrogatório judicial terminou perto da hora de almoço e o MP pediu para Rui Neves (ex-número dois da Start Campus, que se demitiu do cargo depois de ser detido) e Afonso Salema (o CEO da Stat Campus, que anunciou renúncia ao cargo), o MP pediu o pagamento de caução para que possam aguardar julgamento em liberdade.
As alegações das defesas e do Ministério Público terminaram este domingo por volta das 13:30 e os advogados saíram do tribunal, no Campus da Justiça, em Lisboa cerca de 15 minutos depois para uma pausa de almoço. Durante a tarde, os advogados dos arguidos devem proceder à contestação dos pedidos do Ministério Público. Espera-se depois a decisão do juiz de instrução acerca das medidas de coação a serem efetivamente aplicadas e que deverá ser anunciada esta segunda-feira, pelas 15:00.
A Operação Influencer teve lugar na terça-feira e contabilizou pelo menos 42 buscas e à detenção de cinco pessoas para interrogatório: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.