LC: Oblak justificou investimento e mantém Atlético na corrida

14 abr 2015, 22:33

Esloveno foi o herói colchonero

Atlético e Real Madrid empataram sem golos na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, numa partida em que o antigo guarda-redes do Benfica Oblak foi o principal responsável por manter a formação de Diego Simeone na corrida pelo acesso às meias-finais da Champions
.

FILME DO JOGO ATLÉTICO-REAL MADRID


Ainda não foi desta que os merengues
quebraram a maldição colchonera
que vigora deste o encontro decisivo da última edição da Liga dos Campeões, disputada no Estádio da Luz, e que valeu a 10.ª para o museu blanco
.

No entanto, desta vez, a equipa de Ronaldo e companhia fica a dever a si própria a construção de um resultado confortável que lhe perspetivasse um regresso tranquilo a casa. A si própria e a Jan Oblak.

O guarda-redes que o Atlético pescou na Luz justificou, plenamente, os 16 milhões de euros pagos aquando da sua mudança, com (pelo menos) seis intervenções de enorme qualidade a fechar a porta a Carvajal, Gareth Bale (duas vezes), Cristiano Ronaldo e James Rodríguez (duas vezes).

O empertigamento do Real contrastava, então, com a invulgar apatia do campeão espanhol, que só conseguia equilibrar as contas nos sucessivos focos de instabilidade criados entre os jogadores.

Tanto assim é que o único esboço digno de realce comeca num erro (mais um) de Sérgio Ramos, na saída de bola, a proporcionar a Griezmann o remate frontal à baliza e Casillas. Curto para uma equipa que habituou aos adeptos a lutar por cada bola com a própria vida, no fundo à imagem do seu treinador.

Ainda assim, regressava viva aos balneários, graças ao seu guarda-redes (nunca é demasiado frisar), e, como se sabe, tem a capacidade de lidar bem com a adversidade. Foi precisamente isso que aconteceu.

Caráter colchonero


O início da segunda parte veio, precisamente, comprovar, uma vez mais, que o Atlético é uma equipa de treinador. O balneário e o contacto com o seu líder transfiguraram os jogadores que partiram para uns segundos 45 minutos melhores.

Subiu linhas, mordeu a língua para disputar de cada bola e causou dificuldades ao Real Madrid, que parecia surpreendido com o novo adversário que lhe aparecia pela frente. Só não foi uma mudança radical porque faltam sempre os últimos 30 metros à equipa de Diego Simeone.

Tudo espremido, note-se, só na reta final do encontro é que Iker Casillas foi obrigado a sujar o equipamento, na fase de maior sufoco colchonero
, e podia, mesmo, ter comprometido o empate numa saída disparatada dos postes.

Junta-se a isso, vários erros individuais de jogadores  merengues
e o apagamento de elementos importantes como Ronaldo e Benzema. O francês passou, mesmo, ao lado do jogo, não inscrevendo no relatório e contras do encontro nenhum momento significativo da sua autoria.

Depois houve o costume. Mimos para um lado, murros para outro e toques de cotovelo, envolvendo Mandzukic, Carvajal, Ramos e Raúl Garcia que, pouco depois de pisar o relvado, já tinha deixado marcas no central espanhol do Real.

Acabou por ver o cartão e, por isso, vai falhar a partida do Bernabéu, tal como Marcelo.

O Real sai com sentimento de frustração pela oportunidades que desperdiçou durante os primeiros 45 minutos e precisa de vencer em casa para carimbar o apuramento para a fase seguinte.

O Atlético repete o resultado alcançado frente ao Chelsea nas meias-finais da última edição da prova, sobrevivendo a uma primeira parte mal conseguida, e pode, inclusivamente, jogar com dois resultados em Chamartin
: vitória e empate com golos.

Será quentinho, seguramente, porque as duas equipas precisam do mesmo: golos.

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