Rúben Dias: «O futebol é um mundo cruel»

2 jan, 13:25
Rúben Dias (Manchester City/Inglaterra), 42 jogos (EPA/DAVID RAWCLIFFE)

Internacional português analisa momento da temporada e a exigência da crítica

Rúben Dias já tinha dito que não se deixa afetar pelas críticas, num excerto anteriormente divulgado da entrevista à DAZN, agora fala da facilidade com que se passa de herói a vilão, no mundo do futebol. Ou, como é dito da conversa, de «bestial a besta». O central português entende que não é assim tão linear.

«Não existe essa facilidade toda de passar de bestial a besta», disse. «Ainda que as pessoas, muitas vezes, tenham muita falta de consciência e de (capacidade) de olhar para trás, que foi há tão pouco tempo. Mas quem entende de futebol e quem está no meio não se esquece assim tão facilmente», acrescentou.

Apesar desse relativo otimismo, Ruben Dias admite que a exigência no mundo do futebol é elevada e que pode mesmo ser cruel.

«Ao final do dia não importa o que já conquistaste, nem o que estás a conquistar. Importa para onde vais caminhar no dia seguinte. É um mundo cruel, onde a exigência é alta. Quanto mais estás lá em cima, mais as pessoas te querem derrubar e mais inimigos acabas por ter. Não por provocares essas inimizades, mas por as pessoas não gostarem de que outra pessoa, que não elas, esteja nesse lugar. Mas eu vivo com isso de forma saudável. Não há maior exigência do que aquela que eu tenho comigo próprio», afirmou.

«Quem mais quiser ganhar, vai ganhar!»

O defesa do Manchester City lembra que a temporada ainda vai a meio e entende que a posição que o clube ocupa na classificação da Premier League (terceiro lugar, com 40 pontos, mesnos cinco do que o líder Liverpool, mas com um jogo em atraso) não é muito relevante.

«Não importa o lugar em que estamos; importa a quantos pontos estamos do primeiro lugar. E, no passado, já estivemos a mais pontos do primeiro», recordou.

«Na nossa cabeça está simplesmente o que temos de fazer, o que temos de melhorar e para onde vamos nos próximos meses. O importante é chegar a esta altura e ‘sobreviver’, estar cá, estar perto. Daqui para a frente, quem quiser mais ganhar, vai ganhar», assegurou.

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