Matthaus: «Effenberg é a única estrela da Bundesliga»

22 mar 2001, 10:50

Antigo internacional alemão critica futebol germânico Lotthar Matthaus, antigo capitão do Bayern Munique e da selecção alemã, criticou duramente o campeonato do seu país e a própria selecção. Para o ex-médio/líbero germânico faltam estrelas e líderes na Bundesliga. O aumento generalizado dos salários dos jogadores a nível mundial é uma das razões apontadas por Matthaus para a falta de ambição dos jogadores alemães.

Lotthar Matthaus, ex-internacional alemão, criticou duramente o campeonato do seu país e a própria selecção ao referir que a Alemanha não tem neste momento qualquer estrela mundial. 

«Excepto o Stefan Effenberg, não existe qualquer estrela na Bundesliga», afirmou o antigo capitão do Bayern e da selecção germânica à revista Sport Bild. No que respeita à selecção, Matthaus disse que o único jogador a quem se poderia atribuir o estatuto de estrela é o guarda-redes Oliver Kahn. 

O ex-médio/líbero alemão, que passou pelo futebol italiano e norte-americano, chegou mesmo a individualizar as suas críticas. «Michael Ballack [médio do Bayer Leverkusen] não é suficientemente maduro e Jens Nowotny [também do Leverkusen] não tem aura de líder», disse. 

Sobre o médio-centro Dietmar Hammann, actualmente no Liverpool, Matthaeus qualificou-o de «grande egoísta», justificando essa afirmação com uma situação que se passou no último campeonato da Europa. Hammann foi protagonista de uma revolta para forçar a demissão de Erich Ribbeck, seleccionador alemão na altura, para que o próprio Matthaus assumisse o comando técnico da formação germânica. Para o ex-capitão, a intenção de Hammann era «a saída de Matthaus da posição de líbero, a passagem de Jeremies para esse lugar e consequentemente a colocação do próprio Hammann no meio-campo». 

Para Lotthar Matthaus aquilo que falta aos jogadores actuais é «a ambição que caracterizava a geração anterior», justificando essa lacuna com o aumento salarial que se tem verificado no futebol mundial.  

O recordista europeu de internacionalizações abordou ainda a crise no ataque da selecção alemã, duvidando que tão cedo apareça uma dupla de avançados tão boa como a do seu tempo, formada por Klinsmann e Voeller, fundamentais na conquista do campeonato do Mundo de 1990.

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