Liga dos Campeões: meias-finais Um empate a zero selou um jogo recheado de ocasiões de golo e em que o Valência consentiu o domínio adversário, apostando no contra-ataque. O favoritismo para a presença na final recai agora ainda mais nos homens de Hector Cúper.
Um frustrante empate a zero selou o embate entre o Leeds e o Valência, relativo à primeira mão da segunda meia-final da Liga dos Campeões. Apesar da atitude defensiva do Valência e da escassa ambição de David O¿Leary, que antes do jogo afirmara ficar satisfeito com uma vitória por 1-0, assistiu-se a um jogo intenso, com bastantes oportunidades de golo.
Cada equipa teve uma bola na trave ¿ o Valência numa cabeçada de Mendieta, na primeira parte, o Leeds num lance semelhante protagonizado por Lee Bowyer no segundo tempo ¿ e os guarda-redes foram chamados a efectuar algumas intervenções difíceis, com destaque para um mergulho de Cañizares, que impediu que a cabeçada bem colocada de Lee Bowyer transpusesse a linha de golo.
Hector Cúper estudou bem a lição da pesada derrota imposta ao Corunha por este mesmo Leeds no jogo dos quartos de final e montou uma estratégia de contenção que, concedendo o domínio ao adversário, apostava na eficácia do bloco defensivo para manter a situação controlada.
Apenas a entrada de Zahovic, a meio da segunda parte, deu algum sinal ofensivo para a equipa espanhola, claramente satisfeita com o rumo que as coisas tomavam. Depois de diversas bolas cruzadas para a área de Cañizares terem sido alvo de finalizações deficientes por parte de Smith, Viduka e companhia, foi mesmo o Valência quem esteve perto de marcar o golo que eventualmente sentenciaria a meia-final, quando um chapéu do substituto Vicente, no último minuto, foi salvo sobre a linha por Rio Ferdinand, autor de mais uma grande exibição.
Com tudo em aberto para a segunda mão, o favoritismo recai, entretanto, para o lado dos valencianos, apesar de estes não poderem contar com Carboni e Baraja, ambos contemplados com um cartão amarelo que os obriga a cumprir um jogo de suspensão. Mais experientes e com mais argumentos ofensivos (quando querem aplicá-los) os homens de Hector Cúper podem aproveitar o apoio do seu público para registarem a segunda final consecutiva na Liga dos Campeões.
Estádio: Elland Road, em Leeds.
Árbitro: Pierluigi Collina (Itália).
LEEDS- Martyn; Mills, Matteo, Ferdinand e Harte; Bowyer, Dacourt, Batty e Kewell; Smith e Viduka.
Treinador: David O¿Leary.
VALÊNCIA- Cañizares; Angloma, Ayala, Pellegrino e Carboni; Mendieta, Albelda, Baraja e Killy Gonzalez (Vicente, 89 m); Carew e Sanchez (Zahovic, 67 m).
Treinador: Hector Cúper.
Disciplina: cartão amarelo a Baraja (65 m), Carboni (69 m).
Resultado final: 0-0.
