Kaiserslautern sofre nova goleada (2-5) na Alemanha

22 abr 2001, 18:51

Equipa de Dominguez falha aproximação ao terceiro lugar Depois das derrotas expressivas frente ao Alavés, a contar para a Taça UEFA, o Kaiserslautern voltou a sofrer nova goleada (2-5) frente ao Friburgo, em jogo a contar para a 30ª jornada da Bundesliga. No outro jogo em atraso do campeoanto alemão, o Estugarda, em risco de descer de divisão, também perdeu, frente ao TSV Munique, por 1-2.

O Benfica venceu o Vitória de Guimarães por 1-0 em jogo da 29º jornada da I Liga marcado para esta tarde de domingo. Cumpriu a obrigação, mas brilhou muito pouco. Os sócios sofreram e assobiaram. Só não chegaram a desesperar porque os minhotos são de facto uma equipa fraca e por isso incapaz de se aproximar a sério do golo do empate.  

Com a derrota sofrida ontem pelo Sporting, no Estádio do Bessa, e o Sp. Braga a ter de visitar as Antas dentro de uma semana, os encarnados têm todas as razões para pensarem no terceiro lugar. O grande (?) derby de Alvalade vai, deste modo, ser um jogo fundamental para a participação na Taça UEFA. 

Pelo que se tem visto do Sporting e pelo que o Benfica hoje aqui mostrou, está muito bem assim. E se pensarmos excusivamente em qualidade futebolística teremos mesmo de equacionar se não seria mais justo o Paços de Ferreira, por exemplo, juntar-se ao Braga na luta pela Europa e deixar os dois fidalgos de Lisboa a disputarem o campeonato da segunda circular. 

Um «click» de Esteves 

Se chegou aqui, já terá o leitor percebido que o espectáculo da Luz foi mau. A culpa cabe aos artistas e quando assim é resta muito pouca consolação para quem vê. 

O Vitória de Guimarães precisava (e precisa) de pontos como de pão para a boca. Terá sido por isso que entrou no jogo com alguma dinâmica e aos dois minutos criou perigo na área encarnada. O sistema táctico de Inácio, contudo, não ajudou a sustentar por muito tempo um possível balanceamento ofensivo, pelo que o Benfica depressa assumiu o controlo das operações. 

Uma das preocupações fundamentais dos minhotos foi anular a acção de Roger. Para tal foi chamado à equipa Marco, habituado às funções de central e hoje «empurrado» mais para o meio-campo, à frente da defesa, colado ao brasileiro a cada segundo. Roger não jogou, até aqui tudo bem, vendo as coisas pela perspectiva do técnico vimaranense. 

Daí para a frente o cenário foi mais sombrio. Sem ponta-de-lança fixo, as despesas atacantes ficavam a cargo de Fangueiro, Sérgio Júnior e Alvarez. Este último (o mais dinâmico) passou muito tempo no meio-campo à procura de jogo. A extrema defesa do Benfica vivia um descanso relativo. 

Os encarnados utilizaram o sistema do costume. Chano e Ednilson tinham por obrigação matar o jogo do Guimarães e lançar o do Benfica. Conseguiam-no, mas as suas acções tinham pouca consequência. A marcação de Marco a Roger e a estranhíssima ausência de facto de Carlitos, na direita, dificultavam as coisas em termos atacantes. Sobravam Sabry e Van Hooijdonk (este igualmente bem policiado por Paulão). 

Ora, a vitória passou precisamente por estes dois homens. Mas começou noutro. Corria o minuto 30 e já se ouviam assobiadelas por força dos passes errados. Sobretudo os longos. Ricardo Esteves decidiu então que já chegava e à saída da sua área desmarcou primorosamente Van Hooijdonk, lá na outra ponta do relvado. Paulão distraiu-se momentaneamente, Rogério Matias não ocupou um espaço que era dele e o holandês fugiu sozinho pela direita. Levantou a cabeça, viu Sabry em boa posição e passou-lhe a bola com mel. O egípcio não falhou. 

Vitória «esticado» mas ineficaz 

Até ao intervalo tudo prosseguiu no ritmo sonolento, às vezes a roçar o irritante, que marcara a partida até então. O facto mais relevante surgiu aos 44 minutos, quando Sérgio Júnior, na sequência do primeiro canto a favorecer o Vitória, efectuou um dos remates mais disparatados da história do futebol, literalmente para onde estava virado, infelizmente na direcção de um repórter fotográfico que se instalara em local bem desviado da baliza de Bossio. 

À entrada para a segunda parte competia ao Benfica aligeirar tensões, o que só seria possível marcando o segundo, e restava ao Vitória de Guimarães a tentativa de se tornar mais perigoso e alcançar pelo menos o empate. 

No recomeço, o holandês Sion surgiu no lugar de Sérgio Júnior. Depois de 15 minutos a ver no que dava, Inácio optou pela entrada de Evando, outro avançado. 

Os donos da casa continuavam a não desatar os nós que a marcação de Marco a Roger originava no centro do terreno e as iniciativas de Sabry foram perdendo constância. Era portanto altura de arriscar. Inácio fê-lo, a equipa cresceu na direcção da área encarnada, mas esbarrou nas suas próprias limitações. Que são muitas, como demonstram o campeonato que está para trás e a classificação geral. 

Toni já tinha tirado Roger para fazer entrar Rui Baião e a 20 minutos do fim colocou em campo João Tomás. Na jogada seguinte o ponta-de-lança desmarcou o médio e este falhou incrivelmente o 2-0. Se a bola tivesse entrado, tudo teria sido diferente e talvez a imagem global da actuação encarnada assumisse melhores tonalidades. 

Assim, deu no que se esperava: o Vitória, apesar das tais incapacidades, acreditou que o empate podia ser uma realidade e continuou a pressionar. Ricardo Esteves foi expulso a dez minutos do fim (segundo amarelo) e Paulo Madeira entrou imediatamente para o seu lugar. 

A defesa do Benfica tremeu disfarçadamente com os ataques vimaranenses, mas acabou por estar à altura de permitir que Bossio não tenha tido grande trabalho até final. 

Duarte Gomes (actuação correcta e serena) apitou pela última vez e as bancadas «agradeceram» com assobios o mau espectáculo e a desnecessária angústia.

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