Eriksson disparou nas apostas para seleccionador inglês

13 out 2000, 17:28

Estranho fenómeno faz disparar treinador sueco

O processo da escolha do seleccionador da Inglaterra está a tomar proporções cada vez mais curiosas. Agora, um estranho fenómeno de popularidade súbita de Sven-Goran Eriksson levou os corretores a retirar o treinador sueco da lista de eventuais candidatos. 

Eriksson, actual treinador da Lazio, é um dos muitos nomes apontados para o lugar de Kevin Keegan, que se demitiu no sábado passado, após a derrota com a Alemanha. Mas as hipóteses do treinador inglês estavam nuns discretos 33-1. Até que hoje, uma série de apostas avultadas, por toda a Inglaterra, colocaram Eriksson no topo. 

Pelo sim pelo não, as corretoras suspenderam o nome do treinador sueco. «Parece um efeito clássico de arrastamento e bola de neve que se descontrolou. Mas num mercado volátil como este, em que a Federação inglesa (FA) pode fazer o anúncio a qualquer momento, não podemos correr riscos», afirmou um porta-voz da corretora William Hill, Graham Sharpe. 

Eriksson reagiu com humor à confusão. «Eu não apostaria dinheiro nenhum em mim», disse o técnico que já orientou o Benfica, desmentindo que tenha interesse em treinar alguma selecção nacional, seja a inglesa seja a sueca: «Trabalhar como seleccionador nacional está completamente fora de questão.» 

«Sun» chama idiota a Wilkinson 

Enquanto isso, a imprensa inglesa continua a não perdoar a Howard Wilkinson, o homem que assumiu o comando provisório da selecção, por ter dito que era melhor «a Inglaterra esquecer o Mundial-2002», depois do empate com a Finlândia que deixa a Inglaterra em último lugar do grupo 9, com um ponto em dois jogos. «Seu idiota», titulava ontem o Sun, em letras garrafais. 

Posta de lado a hipótese de Wilkinson continuar no cargo, multiplicam-se as hipóteses de substitutos. Terry Venables continua a ser o nome apontado como mais provável, mas é seguido de perto nas apostas por Roy Hodgson. O técnico, que está actualmente no Copenhaga, disse já que é só convidarem-no: «Se me oferecessem o emprego, não podia dizer que não.» 

Cada vez menos provável é a hipótese Arséne Wenger. O técnico francês do Arsenal chegou a admitir pensar no assunto depois de terminar contrato com o clube inglês, em 2002. Mas o litígio que mantém com a FA, depois de ter sido suspenso por 12 jogos, ameaça deitar tudo a perder.

Mais Lidas

Patrocinados