Avançado uruguaio diz que o português está «animado e com vontade de conquistar grandes coisas»
Depois de seis temporadas com a camisola do Barcelona, Luis Suárez vai defrontar os catalães no próximo sábado, pela primeira vez desde que chegou ao Atlético de Madrid. No Wanda Metropolitano, o uruguaio vai reencontrar os antigos companheiros, entre os quais Leo Messi, com quem ainda não perdeu contacto.
«A verdade é que falamos, sim. Falamos muito e falamos sobre a nossa vida. Recentemente, foi o aniversário de um dos meus filhos e também do dele. Falamos da vida, do vírus, de tudo, mas muito pouco de futebol, dos golos que perdemos ou dos sistemas táticos. Preocupamo-nos mais com a família do que com o que acontece no futebol», confessou, em entrevista ao jornal Marca.
Em Madrid, o avançado uruguaio faz dupla de ataque com João Félix e mostra-se maravilhado com o jovem português, mas não quer que ele carregue nos ombros o peso de toda a equipa.
«O que temos de fazer é desfrutar de um jogador que cresceu muito, que pode fazer grandes coisas com confiança. É preciso fazer com que o João perceba que a responsabilidade não tem de recair toda sobre ele. É por isso que jogamos onze contra onze. É responsabilidade de todos. Ele tem de aproveitar e esperar o seu momento», assumiu.
«Ele vai ajudar-nos muito, já começou muito bem. Podes vê-lo com fome [de bola], animado, com vontade de conquistar grandes coisas com o grupo e a nível pessoal. Quero desfrutar de jogar ao lado de um jogador muito jovem, um jogador com quem posso aprender e que com certeza me pode ajudar a melhorar em certos aspetos», acrescentou.
A adaptação de Suárez foi rápida e o uruguaio não chegou ao Atlético com «ares de estrela», considerando ser mais um para ajudar. Suárez garante que o segredo está na relação com os companheiros e recorreu ao exemplo de Félix para comprová-lo.
«O facto de que somos todos iguais torna os grupos fortes. É como o João que mencionei antes, tens que aproveitar um jogador que tem muita qualidade, que está a crescer, que faz a diferença, mas que, na hora de conviver, tem a mesma responsabilidade de todos. A minha maneira de ser não é ter ares de nada, apenas ser ambicioso e contribuir com o que posso contribuir», concluiu.