INE confirma inflação de 7,2% em abril. Transportes e comida são o que mais sobe

11 mai 2022, 11:09
Aumento do preço dos combustíveis (Lusa/Tiago Petinga)

Taxa de inflação é a mais elevada desde março de 1993

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira a estimativa de 7,2% de inflação em abril. Segundo comunicado divulgado no site, "a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 7,2% em abril de 2022, taxa superior em 1,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior e a mais elevada desde março de 1993".

Na comparação com março a inflação também aumentou. A variação do Índice de Preços no Consumidor relativo aos produtos energéticos disparou para 26,7%. Desde maio de 1985 que não era tão alto. Já o Índice referente aos produtos alimentares não transformados, como a fruta e os legumes, apresentou uma variação de 9,4%.

Por categorias de produtos, é nos Transportes (+13,09%) e Alimentares e Bebidas Não Alcoólicas (+10,25%) que a inflação é mais visível, na comparação com o homólogo.

Se formos mais longe na análise, dentro dos Transportes é aéreo de passageiros que mais contribui para a inflação (+71,89%).

Em queda, em abril, só a categoria Vestuário e calçado (-0,72%).

Em ternos de variação mensal, a subida é de 2,2%. Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a variação do IPC foi 1,5%.

Os dados refletem, principalmente, os efeitos da guerra na Ucrânia e não são diferentes de outros nos restantes países da União Europeia, como é o caso da Alemanha que hoje comunicou uma inflação homóloga de 7,4% em abril, o nível mais alto em mais de 40 anos.

 

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