No terceiro trimestre de 2022, houve uma desaceleração dos preços da habitação em 12 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes. Guimarães e Porto com maiores travões
No terceiro trimestre de 2022, os preços das casas subiram 13,5%, mas observou-se uma desaceleração, já que a subida tinha sido de 17,8% no trimestre anterior. Esta tendência de abrandamento estendeu-se a metade dos municípios com mais de 100 mil habitantes. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), foi em Guimarães e Porto onde os preços mais desaceleraram. Lisboa assistiu a uma “ligeira aceleração”.
Entre julho e setembro do ano passado, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal subiu 13,5% para 1.492 euros por metro quadrado. Mas esta subida representa um abrandamento, já que no trimestre anterior o aumento tinha sido de 17,8%, refere o INE.
No mesmo período, houve uma desaceleração dos preços da habitação em 12 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (sete no segundo trimestre de 2022). Aqui, destacam-se com decréscimos mais acentuados que o registado no país (-4,3 pontos percentuais) Guimarães (-8,3 p.p.), onde o metro quadrado (1.115 euros) passou de uma subida de 10,9% no segundo trimestre para 2,6% no terceiro.
Atrás surge o Porto, com uma desaceleração de 6,5 pontos percentuais. O metro quadrado, que está atualmente nos 2.603 euros, subiu 12% no terceiro trimestre, depois de ter subido 18,5% no segundo.
Em Leiria (-4,6 pontos percentuais), o metro quadrado passou de um aumento de 23% para 18,4%, estando atualmente nos 1.294 euros; e Loures, com a mesma desaceleração, passou de uma subida de 16% para uma subida de 11,4% no terceiro trimestre. O metro quadrado custa 2.273 euros.
Destaque ainda para Braga, cujo metro quadrado custa 1.348 euros. Depois de uma subida de 17,5% no segundo trimestre, deu-se uma desaceleração para 13,1% (-4,4 pontos percentuais) no terceiro trimestre.
Já no sentido oposto, houve um aumento da taxa de variação homóloga entre o segundo e o terceiro trimestre em 11 municípios, evidenciando-se a Maia, onde os preços aceleraram 12,7 pontos percentuais — passaram de um aumento de 13,4% para 26,1% no terceiro trimestre — para 1.689 euros o metro quadrado. Em Matosinhos a aceleração foi de 12,1 pontos percentuais — aumento de 9,8% para 21,9% — com o metro quadrado nos 2.258 euros.
Em Lisboa registou-se uma ligeira aceleração (+0,7 pontos percentuais). O metro quadrado está atualmente nos 3.882 euros, tendo passado de um aumento de 7,6% no segundo trimestre para uma subida de 8,3% no terceiro trimestre.