“O impacto da crise educacional nas crianças do Iémen e no seu futuro é profundo”. Cerca de 4,5 milhões de crianças não vão à escola

Agência Lusa , AM
25 mar, 09:15
Pessoas inspecionam os destroços de edifícios que foram danificados por ataques.

Insegurança e a crise económica mergulharam dois terços dos iemenitas abaixo do limiar da pobreza e levaram à deslocação de 4,5 milhões de pessoas

Duas em cada cinco crianças, ou 4,5 milhões de menores, não vão à escola no Iémen, um país devastado pela guerra há quase uma década, revelou um estudo publicado pela organização não-governamental (ONG) Save the Children.

“O impacto da crise educacional nas crianças do Iémen e no seu futuro é profundo”, segundo a ONG.

“Sem uma intervenção imediata, uma geração inteira corre o risco de ficar para trás, com consequências a longo prazo para a recuperação e o crescimento do país”, afirmou a Save the Children no estudo.

O país mais pobre da Península Arábica tem vivido uma guerra civil desde 2014, que deixou centenas de milhares de mortos e causou uma das piores crises humanitárias do mundo, segundo a ONU.

A violência diminuiu significativamente desde o cessar-fogo negociado pela ONU em abril de 2022, mas a situação continua muito precária para os cerca de 33 milhões de habitantes do Iémen.

A insegurança e a crise económica mergulharam dois terços dos iemenitas abaixo do limiar da pobreza e levaram à deslocação de 4,5 milhões de pessoas, ou 14% da população, recordou a Save the Children, sublinhando que as crianças deslocadas têm “duas vezes mais probabilidades de ficar fora da escola”.

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