Hospital das Caldas da Rainha pede para não receber doentes urgentes até à manhã de sábado

24 jun 2022, 13:56
O estudo português indica que 34% dos médicos obstetras-ginecologistas dedicam 30% do seu tempo ao serviço de urgência e 48% dedicam 75% do seu tempo no hospital ao serviço de urgência (Pexels)

Em causa, apurou a TVI/CNN Portugal, está a falta de médicos da especialidade de Medicina Interna

A direção do Hospital das Caldas da Rainha pediu para não receber doentes urgentes via INEM entre as 20:00 desta sexta-feira e as 8:00 de sábado, apurou a TVI/CNN Portugal.

Em causa está a falta de médicos na especialidade de Medicina Interna. A direção desta unidade, parte do Centro Hospitalar do Oeste, solicitou ao CODU o reencaminhamento de doentes urgentes para outros hospitais, de acordo com a gravidade.

Esta informação está a provocar desconforto nos médicos do CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) que, segundo informações obtidas pela TVI/CNN Portugal, não sabem que doentes poderão reencaminhar e pediram esclarecimentos à direção.

Os utentes que se encaminharem pelos próprios meios para este hospital serão atendidos.

O hospital tem sido dos mais afetados pelos constrangimentos no setor da Saúde. No passado dia 10 de junho, foi aberto um inquérito à morte de um bebé nesta unidade, quando a urgência de obstetrícia se encontrava encerrada por falta de profissionais da especialidade.

Para além da unidade das Caldas da Rainha, também o Hospital de Torres Vedras pediu para não receber doentes urgentes até às 21:00, desta sexta-feira, por dispor de um número reduzido de recursos humanos na especialidade de Medicina Interna.

A TVI/CNN Portugal sabe que o Centro Hospitalar do Oeste entende que não tem número mínimo de clínicos para garantir o funcionamento em condições de segurança e celeridade de resposta e solicitou que os pacientes emergentes sejam reencaminhados para outras instituições.

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