Governo da Transnístria reporta explosões e ataque terrorista em Tiraspol. Presidente moldava responsabiliza grupos "pró-guerra"

26 abr 2022, 10:00

Região separatista pró-russa é controlada militarmente pelo Kremlin, que pretende estabelecer uma ponte terrestre entre a Rússia e o território

O Ministério do Interior da região separatista da Transnístria, na Moldova, reportou na manhã desta terça-feira duas explosões, que afetaram o funcionamento de duas antenas de rádio que retransmitiam rádios russas. Para já, não se sabe qual a origem das explosões que, segundo aquele ministério, não fizeram feridos.

"No início da manhã de 26 de Abril, ocorreram duas explosões na aldeia de Maiac, distrito de Grigoriopol: a primeira às 6:40 e a segunda às 7:05", reportou a instituição, citada pela Reuters.

Poucas horas depois, o conselho de segurança da região separatista anunciou a ocorrência de um "ataque terrorista" a uma instalação militar perto de Tiraspol, a capital do território.

A presidente da Moldova, Maia Sandu, convocou o conselho de segurança do país, após os eventos na região separatista da Transnístria.

"O Conselho Superior de Segurança reunir-se-á a partir das 13:00 (10:00 em Portugal Continental) na Presidência. Após a reunião, às 15:00, a Presidente Maia Sandu realizará uma conferência de imprensa", informou a presidência em comunicado, citado pela Reuters.

Após a reunião, Maia Sandu responsabilizou grupos "pró-guerra" pelos ataques relatados pelas autoridades da região. Frisando que a situação da região pró-russa é "complexa e tensa", Sandu mostrou disponibilidade para a realização de negociações pacíficas sobre os problemas do território, e disse que o país irá tomar "todas as medidas" para impedir uma escalada da violência.

A chefe de Estado afirmou ainda que não tem nos planos qualquer conversação com o Kremlin.

A Rússia também reagiu, através do porta-voz do governo, Dmitry Peskov, que referiu que a Rússia está a seguir "de perto" os acontecimentos na região, que são motivo de "grande preocupação" para o país

À CNN Internacional, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmou que os EUA estão a monitorizar os eventos na Moldova, mas diz ser "muito cedo" para comentar o ataque terrorista e explosões reportadas.

O nome desta região tem sido falado após as declarações de Rustam Minnekayev, comandante russo que afirmou que a intenção da Rússia era controlar o sul da Ucrânia para dar acesso à Transnístria, região fortemente pró-russa e onde já estão estacionados militares do país liderado por Vladimir Putin.

Europa

Mais Europa

Patrocinados