Tempos conturbados são o que temos como prato do dia, todos os dias e sem fim à vista relativamente à mudança deste menu.
À luz do artigo que escrevi há um par de dias, encetei numa pesquisa mais aprofundada da origem de tantos vídeos e publicações que sistematicamente aparecem nas redes sociais com um cariz, na minha opinião, complexo e perigoso. Tudo começou com um tuite? Não sei bem como se chama agora a ação de postar na rede social anteriormente conhecida como Twitter (X). Essa publicação denotava em tudo um sistemático comportamento de bots que criam e logo encontram apagadas as suas publicações de uma maneira intensa. O que me chamou à atenção foi o facto de a imagem que partilhava esse tuite possuir jornalistas da CNN nos Estados Unidos com uma pequena bandeira de Israel ao lado de cada foto, numa alusão que cada pessoa era ou descendente de Judeus ou é de facto Judeu.
O que me preocupou no cenário anterior nem é só o facto de alguém estar a tentar fazer uma ligação entre os media que transmitem as notícias difíceis que vivemos hoje, mas o facto de também querer manipular o leitor a crer que os jornalistas são parciais, que os media são parciais e que aquele meio é de facto nefasto aos ideais palestinianos e, portanto, de desconfiar. Até aqui, e apesar de isto não ser de todo normal, os comentários eram ainda piores uma vez que as pessoas combatem entre si no lamaçal que se tornaram as caixas de comentários logo abaixo das publicações.
Créditos: DarkOwl
Ora, não há dúvidas que há uma clara onda que vem de mãos altamente especializadas no meio tecnológico e que visa diretamente o ocidente, criando ou intensificando a onda separatista que agora figura em todo o lado, isto é, política, desporto, credos, raças, orientações e tudo aquilo que possa dividir o meio ocidental, numa espécie de jogo de criação de acéfalos ou de bots que nada questionam e cegamente vão seguir as suas enraivecidas emoções. Até aqui nada de novo, estará o leitor a pensar. E de facto não está totalmente errado, senão vejamos:
Ao seguir este rasto de publicações automáticas que visam criar uma ideia de que o mundo dos media está a sonegar o que se passa ou a vitimizar apenas os Israelitas, deparo-me com a origem de vários movimentos na Darknet a fomentarem precisamente este tipo de ações em ambos os lados da barricada. Olhando com mais cuidado, as imagens não se limitam aos jornalistas da CNN ou aos media em geral; conseguem-se encontrar também várias do gabinete executivo da presidência norte americana, ramos militares e das forças de segurança, sendo que tudo isto não poderia estar mais distante da realidade. Como se isto não bastasse, o alvo é claramente o estilo de vida ocidental pois logo a seguir apareceram os “diretores” das melhores e mais reputadas universidades americanas como estando absolutamente nas mãos de Judeus. Ao olho desarmado, poderá parecer que está alguém a tentar mostrar que o aparelho civil e militar americano está “minado”, mas a realidade atrás das imagens é mais obscura.