O líder máximo da organização militar dirigiu uma mensagem aos Estados Unidos, referindo que os atrasos na concessão de apoios militares à Ucrânia "têm consequências no campo de batalha"
O secretário-geral da NATO afirmou que a Ucrânia "pode contar com o apoio” da Aliança “a longo prazo".
Em conferência de imprensa na sede da organização, em Bruxelas, Jens Stoltenberg afirmou que os aliados começaram a desenhar novas estruturas e formas de apoio a Kiev.
"Hoje não tomámos nenhuma decisão final sobre o formato que vamos implementar, mas concordámos em dar início ao planeamento", disse o líder, citado pela Reuters.
Stoltenberg referiu também que os Estados-membros concordaram em avançar e começar a planear um maior envolvimento da NATO na coordenação da assistência de segurança e treino das forças militares de cada país.
O líder máximo da organização militar dirigiu ainda uma mensagem aos Estados Unidos, referindo que os atrasos na concessão de apoios militares à Ucrânia “têm consequências no campo de batalha”.
“É a razão pela qual as tropas ucranianas têm de racionar as munições”, explicou, referindo que os militares de Kiev “estão a ter dificuldades em acompanhar os russos”.
Stoltenberg afirmou que os aliados da Ucrânia têm a "responsabilidade" de tomar decisões e que é "urgente" que os EUA se decidam.
O secretário-geral revelou também já ter falado com Viktor Orbán sobre as preocupações da Hungria quanto ao papel da Aliança na Ucrânia.
O executivo húngaro teme que sejam destacadas tropas da NATO para o país invadido.
"O que estamos a discutir não é uma presença de forças de combate da NATO na Ucrânia. Estamos a debater a forma como podemos coordenar e prestar apoio de fora da Ucrânia à Ucrânia, como fazem os aliados da NATO", esclareceu Stoltenberg.
"Agora, quando iniciarmos o planeamento, tenho a certeza de que também podemos abordar as preocupações que a Hungria levantou e encontrar uma forma de chegarmos a um consenso", completou o líder da Aliança.