"Hoje" o Governo "não fará" qualquer comentário" sobre o que a PGR disse

ECO - Parceiro CNN Portugal , André Veríssimo (atualizado às 15:04)
23 nov 2023, 15:01
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva (LUSA/ Miguel A. Lopes)

A Ministra da Presidência recusou comentar no Conselho de Ministros as declarações da procuradora-geral da República, que rejeitou qualquer responsabilidade pela queda do Governo

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, foi taxativa na resposta à interpelação para comentar as declarações desta quinta-feira da procuradora-geral da República sobre as investigações que envolvem o Executivo: “O Governo não fará hoje qualquer comentário sobre essa matéria”.

O Conselho de Ministros desta semana aprovou diplomas na área da Saúde e Educação, mas no habitual briefing que se segue à reunião, Mariana Vieira da Silva foi confrontada com as declarações de Lucília Gago, que afirmou que não se sente responsável pela demissão do primeiro-ministro. “O Governo não fará qualquer comentário às declarações da senhora PGR, muito menos no briefing do Conselho de Ministros”, respondeu a ministra da presidência.

Não me sinto responsável por coisa nenhuma”, salientou esta quinta-feira a titular da investigação criminal, Lucília Gago, em relação à decisão de demissão do primeiro-ministro, António Costa.

“Vamos continuar a investigar sem dramatizações. O parágrafo do comunicado diz com transparência aquilo que está em causa na investigação. A necessidade de escrever o parágrafo é de transparência. Esse parágrafo teria de ser colocado, sob pena de, se não constasse, se pudesse afirmar que estava indevidamente a ocultar-se um segmento de enorme relevância”, disse a PGR.

Foram as primeiras declarações públicas da procuradora-geral da República (PGR), sobre a operação que ditou a demissão de António Costa. O primeiro-ministro demitiu-se depois de se saber que o seu nome tinha sido citado por envolvidos na investigação do MP a negócios do lítio, hidrogénio e do centro de dados em Sines, levando o Presidente da República a dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para 10 de março.

(em atualização)

Governo

Mais Governo

Patrocinados