Gil Vicente-Rio Ave, 2-2 (crónica)

Nuno Dantas , Estádio Cidade de Barcelos
17 set 2022, 17:45

Murilo regressa nove meses após lesão grave para ser o herói do jogo

Foi um regresso digno de herói. Após nove meses de paragem, depois de ter sofrido uma lesão grave, Murilo regressou à competição com um golo que valeu um empate ao Gil Vicente. O golo ganha maior por ter sido apontado seis minutos depois dos 90 e depois do Rio Ave ter estado a vencer por 2-0.

Guga inaugurou o marcador em Barcelos, a fechar a primeira parte, e Aziz ampliou o marcador já na segunda. A partida ganhou todo o sabor e toda a alma que não teve até então, com as bancadas a ferver e o público entusiasmado a vibrar pelas equipas. Aí, apareceram Fran Navarro e Murilo a fechar a contagem e a deixar os adeptos em êxtase.  

Rio Ave com mais mexidas

Depois do saboroso triunfo na Madeira, Ivo Vieira fez apenas uma alteração no onze, dando maior tração à frente. Aburjania sentou no banco e Mizuki assumiu a titularidade. Do outro lado, depois da má exibição frente ao Sp. Braga – apesar do resultado apertado –, Luís Freire fez quatro alterações no onze. Saíram Pantalon, Miguel Nóbrega, Joca e Fábio Ronaldo e entraram Josué, Paulo Vítor, Miguel Baeza e Boateng.

A primeira parte foi fraca. Jogou-se muito no meio-campo, houve muitas perdas de bola e outros tantos passes errados. Os guarda-redes foram poucas vezes incomodados e resolviam as poucas situações facilmente. A exceção que confirmou a regra surgiu já nos descontos. Miguel Baeza, que se estreou a titular, serviu Guga que aparece ao segundo poste a rematar de primeira para golo.

Até chegar a esse lance, pouco se viu. Um remate frouxo de Navarro quando estava em boa posição; um remate por cima de Boselli que saiu muito alto; um remate de Mizuki para boa defesa de Jhonatan; ou então, do outro lado, um remate de longe de Paulo Vítor para as mãos de Andrew.

Houve ainda um momento de azar para a turma rioavista, com a lesão de Aderllan Santos, sendo substituído por Patrick William. E ainda houve tempo para uma confusão entre os bancos, com Ivo Vieira a ter de ser parado quando ia em direção ao banco vilacondense. Depois, aconteceu o que já contamos. Os galos tiveram uma sequência inacreditável de perdas de bola, o Rio Ave acreditou e chegou à vantagem.

20 minutos loucos

Ivo Vieira lançou para a segunda metade Kevin no lugar do amarelado Boselli. Os gilistas passaram a mandar no jogo, mas o critério para chegar com perigo à baliza contrária. A exceção foi protagonizada pelo espanhol lançado para a segunda metade que, com um potente remate, obrigou Jhonatan a fazer a defesa do jogo.

Os técnicos refrescaram as equipas, mas deu-se melhor a formação de Vila do Conde. Numa fase em que o Gil Vicente dava tudo para chegar ao golo, Ukra, que tinha saltado momentos antes do banco, apareceu solto na direita e ofereceu o tento a Aziz, que só teve de encostar para a baliza deserta.

Num assalto final, com 20 minutos loucos, os de Barcelos encostaram os riosvistas às cordas e reduziram. Matheus Bueno viu a desmarcação de Fran Navarro, endossou-lhe o esférico e o espanhol, à saída de Jhonatan, fez um chapéu. Os barcelenses voltavam a acreditar que era possível chegar, pelo menos, ao empate.

O final foi de loucos com os adeptos gilistas a irem ao rubro com o golo, já nos descontos, de Murilo. Cruzamento de Aburjania, o esférico fica a pingar na área, e o brasileiro a vir de trás e a fuzilar a baliza vilacondense. Estava feito o empate que, para os barcelense, soube a vitória.

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