Moreirense-V. Guimarães, 4-3 (destaques)

26 nov 2000, 19:22

Nuno, o Cavaleiro de Moreira de Cónegos Esta foi a tarde de Nuno Cavaleiro. Dois golos e uma exibição de sonho ajudaram à surpresa três vezes repetida. Sérgio Teixeira e Altino foram duas unidades batalhadoras cruciais para o êxito do Moreirense. Soderstrom não merecia a humilhação, mas Auri contribuiu para o descalabro

Nuno Cavaleiro

O homem do jogo. Um corpo possante, uma garra de leão, atributos que lhe valeram a obtenção de dois golos, o segundo dos quais deu a vitória ao Moreirense nos derradeiros momentos do encontro. Nuno Cavaleiro fez um jogo que, tão cedo, por certo, não irá esquecer. Não só pelos golos que marcou, mas sobretudo pelo trabalho que deu aos defesas contrários, pelas jogadas de perigo que criou, por ter acreditado até ao fim. 

Sérgio Teixeira

O líder de uma equipa de batalhadores. Quilómetros percorridos nos 61 minutos que esteve em campo, num esforço premiado com uma vitória mais do que justa. Sérgio Teixeira foi o todo-terreno do Moreirense. Boas combinações com os homens da frente (sobretudo com Nuno Cavaleiro) e um cuidado especial com as intenções vimaranenses pelo lado esquerdo do ataque do Vitória. A ele se deve o facto de Soderstrom não ter feito mais estragos, a ele se deve grande parte do andamento imprimido pelo conjunto da casa. Cumprida a missão, foi rendido, exausto, à passagem do quarto de hora da segunda parte. 

Altino

Uma exibição quase sem falhas de um dos jogadores mais experientes desta equipa. O capitão do Moreirense foi o primeiro a causar sensação ao marcar um golo aos três minutos. E não se ficou por aí: Altino liderou uma defesa muito certinha e disciplinada (excepção feita àqueles minutos do início da segunda parte) e provocou quase sempre perigo quando cobrou os livres.

 

Soderstrom

A excepção no deserto de ideias do Vitória. Talvez o único jogador do Guimarães que não merecia a humilhação que os vitorianos sofreram. De regresso à sua posição habitual (no lado esquerdo do meio-campo), fez os possíveis para inverter a carga negativa que os seus companheiros acusavam, mesmo quando parecia só nessa luta. 

Evando

Crucial na viragem vimaranense depois do intervalo. Antes da entrada do avançado brasileiro, o ataque do Vitória, simplesmente, não existia. Álvaro fez bem em lançar Evando, mesmo correndo o risco de sacrificar um médio importante na manobra do Guimarães: Lima. Evando entendeu-se muito melhor com Congo do que Sérgio Júnior, que foi praticamente uma unidade a menos em campo. Ajudou à reviravolta de 2-0 para 2-3, mas foi incapaz de dar sequência a esse trabalho, quando o Moreirense renasceu. 

Auri

O que se passa com o central brasileiro? À imagem do que tem acontecido nos últimos jogos do campeonato, Auri voltou a estar muito nervoso e irregular. O melhor exemplo disso foi, de facto, o lance que deu origem ao segundo golo do Moreirense. Total distracção do brasileiro, que perante a saída em falso de Cândido, cortou a bola deficientemente, oferecendo, de bandeja, o golo ao seu adversário mais directo, Armando. 

Espírito de Taça

São jogos assim que mantêm viva a chama da Taça. O espírito desta prova ficou aqui bem à mostra: um jogo aberto, a equipa mais fraca a bater o pé à mais forte, muitos golos e emoção transbordante. Assim, vale a pena vir aos estádios: mesmo com o senão de apanhar chuva e ter que aguentar o frio...

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