Cidade invicta vibrou... em casa Uma fria noite de Outubro e o sucesso previamente esperado impediram que a festa fosse de arromba. Mas os mais indefectíveis não faltaram...
Há festas que não têm tanto brilho quando são esperadas. E a verdade é que a qualificação de Portugal para a fase final do Campeonato do Mundo de 2002 era amplamente esperada pelos adeptos ¿ portuenses incluídos.
Os minutos que se seguiram à confirmação da vitória de Portugal no grupo 2 da zona europeia foram de festejos discretos e pouco audíveis pela cidade do Porto. A segunda maior cidade do país, noutras alturas, já provou que vibra intensamente com os êxitos da selecção, mas, desta vez, a euforia ficou em casa - nas casas dos adeptos que seguiram o jogo da Luz pela televisão.
Ainda assim, houve alegres excepções. Já se sabe, quando há algo para festejar, o palco óbvio, espontâneo, da cidade invicta é a Avenida dos Aliados: o coração da cidade, local onde se situa o edifício da Câmara Municipal. Pouca gente optou por percorrer a pé a avenida principal da invicta, mas ainda foram alguns os que fizeram questão de dar uma volta de automóvel pela zona histórica da cidade, apitando e exibindo, com orgulho bandeiras e camisolas da equipa das quinas.
Ajuntamento de pessoas só mesmo na Praça da Liberdade, localizada ao fundo da Avenida dos Aliados. Cerca de uma centena de entusiastas da selecção ¿ a grande maioria deles jovens ¿ gritavam pelos nomes dos ídolos: Figo e Rui Costa eram, claramente, os preferidos. Em dias de euforia, são normais alguns pedidos mais precipitados... «Agora é o título mundial!», pedia um jovem que envergava a camisola da selecção com o nome de Figo. A maioria optava por um pouco mis de cautela e apontava as meias-finais da prova como uma meta bastante interessante a atingir...
E como o sucesso traz sempre negócio, não tardaram a aparecer alguns vendedores de bandeiras, cachecóis e equipamentos afins. Mas não deu para facturar muito: nada que se compare a um título nacional do F.C. Porto ou do Boavista. O Porto festejou com a selecção, mas a maioria preferiu o quentinho do sofá numa fria noite de Outubro.
