«Não há razão para prescindirmos de Figo», sustenta António Oliveira

9 ago 2001, 13:48

Seleccionador defende importãncia do jogo com a Moldávia Oliveira não quer confundir «preparação» com «particulares». Daí que tenha feito uma convocatória com todos os requisitos habituais - Figo incluído.

A distinção entre jogo particular e jogo de preparação, pontuou a maior parte das declarações do seleccionador nacional, António Oliveira, a propósito da convocatória para o jogo com a Moldávia, na próxima quarta-feira, em Faro. Uma preocupação destinada a não diminuir a importância de uma partida que justificou a chamada de todos os pesos-pesados da equipa nacional, sem contemplações para os pedidos do Real Madrid para que Luís Figo fosse dispensado. 

«Não há razão para abdicarmos da presença de Figo. Esta é uma situação frequente, com a qual já tínhamos sido confrontados no ano passado. É cada vez mais difícil encontrarmos datas disponíveis para trabalharmos, mas o que vale é que os jogadores têm uma disponibilidade muito grande para a Selecção», justificou Oliveira que, sem sobrevalorizar o valor competitivo da Moldávia («é o adversário possível», admitiu) destacou a importância dos jogos que se avizinham, frente a Andorra (1 de Setembro) e Chipre (5): «Estamos a 270 minutos de garantir um objectivo que penso ser comum a todos os portugueses. Por isso digo que este é um jogo de preparação, não um particular, porque dentro de 15 dias estaremos perante desafios complicados, que podem garantir-nos aquilo que tanto pretendemos. O tempo é curto, e todo o trabalho que pudermos efectuar até aí será importante», acrescentou. 

A ausência de Fernando Couto, a cumprir suspensão da FIFA, foi uma vez mais abordada pelo seleccionador, que admitiu ter havido contactos, por parte da FPF, no sentido de averiguar qual a possibilidade de o central alinhar num encontro particular ¿ recorde-se que a Liga Italiana decidiu na última semana conceder essa autorização, no âmbito de encontros da Lazio. Mas tudo não passou da intenção: «Todos gostaríamos de poder contar com Fernando Couto, mas não houve qualquer resposta em tempo útil aos nossos pedidos de esclarecimento, por isso não chegou a ser hipótese», reconheceu Oliveira. 

O facto de não ter acrescentado caras novas à convocatória, mantendo a estrutura dos últimos jogos da selecção, faz crer que o seleccionador tem perfeitamente estabilizadas as suas opções: «O grupo está perfeitamente estabilizado, é verdade. Temos aqui 20 jogadores, mas poderíamos ter 30. As portas e janelas estão abertas aos novos talentos, mas neste caso não achámos necessário chamar ninguém pela primeira vez». 

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