Octávio conta experiência no Fórum dos Treinadores de Elite

31 ago 2001, 21:31

Técnico portista esteve em Genève Os treinadores europeus têm ideias semelhantes sobre alterações que entendem dever ser feitas ao figurino do futebol internacional

Octávio Machado foi o único treinador português que participou no fórum realizado em Genève, patrocinado pela UEFA, no qual alguns dos maiores treinadores europeus. O treinador do F.C. Porto destacou o «prestígio que constitui participar numa acção na qual estiveram presentes nomes como Fatih Therim, Alex Feguson, Javier Irureta, Marcello Lippi, Arsène Wenger, Gerard Houllier, Mircea Lucescu, entre tantos outros». 

No fórum, foram discutidas grandes questões do futebol internacional, tendo-se notado a existência de várias preocupações comuns: «Há uma necessidade de uniformizar calendários. Os italianos, por exemplo, estão muito preocupados com o facto de as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões se efectuarem no início da época, preferiam que fosse no final das anteriores. A questão é que os clubes nórdicos têm vantagem, porque começam muito mais cedo». 

Os calendários são apenas uma das questões que preocupam os treinadores europeus. Uma das propostas saídas tem a ver com os cartões amarelos: «Neste momento, na Liga dos Campeões, ao terceiro amarelo um jogador é penalizado. A proposta que fizemos é a de que um jogador que tenha dois amarelos, ao décimo primeiro jogo na Liga dos Campeões limpe esses cartões. Outro assunto tratado foram as substituições. Houve a ideia de permitir duas substituições ao intervalo, que não contasse para as três que se podem fazer já». 

Unanimidade teve a ideia de acabar com o «golo d¿ouro» como sistema de desempate: «Achámos que o golo d¿ouro deve acabar. Deverá regressar o sistema de prolongamento, 15 mais 15. Houve uma outra ideia de pôr só 15 minutos, mas isso levanta o problema de não garantir igualdade para todos, uma vez que pode haver condições climatéricas que prejudique algum dos contendores». 

Em relação aos relvados artificiais, não existe unanimidade. Octávo explica: «a FIFA acha bem, os treinadores não têm tanta certeza. Eu, por exemplo, estou contra, porque o futebol começa na rua, com os miúdos. Surgem os riscos de lesões, e há outras questões que se levantam, como a formação e a possibilidade de nem todos poderem construir campos artificiais. Acho que ainda é demasiado cedo para avançar para relvados sintéticos».

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