Sérgio Nunes, Fangueiro e Marco Aleixo são alguns produtos da escola de Matosinhos
Nem tudo é negro no panorama leixonense. Se no plano desportivo as coisas não têm corrido bem, a verdade é que o clube de Matosinhos mantém um forte carisma na área metropolitana do Porto. É um clube muito popular, com um registo de cerca de 12 mil sócios, ainda que os associados efectivamente pagantes não passem dos cinco mil.
Muito desse carisma passa pela aposta que o Leixões faz na formação. Com dez equipas nos diferentes escalões etários, grande parte da força do Leixões está nas camadas jovens. Este fim-de-semana, por exemplo, todas essas equipas obtiveram vitórias. Um pleno ajudado pelo triunfo da equipa sénior, em Coimbra.
O trabalho do Leixões nas camadas jovens está, aliás, bem à vista nos jogadores que foram formados nas escolas do clube e que representam neste momento clubes da I Liga: Sérgio Nunes (Benfica), Octávio, Marco Aleixo e José António (Aves) e Fangueiro (V. Guimarães) são alguns desses exemplos. Para António Pinto, esses exemplos constituem motivo de orgulho para o clube, mas há um reverso: «É pena que o clube não retire os devidos proveitos desse trabalho. Gasta por ano muito dinheiro com a formação, que move cerca de mil atletas, e, depois, os melhores saem para clubes com mais ambições. Para os jogadores é bom, mas é triste que o clube perca os seus talentos».
Esperanças à espera de breve confirmação
Ainda assim, o presente abre algumas esperanças de um futuro mais risonho. Na actual equipa do Leixões, António Pinto vê alguns jogadores que, está certo, poderão subir muito no futebol português: «Cerca de 50 por cento do nosso plantel é composto por jovens formados no clube. Isso é muito bom. Miúdos como o Pedras, o Tozé, ou o Joel podem chegar muito longe. O Pedras já deu cartas nos juniores do F.C. Porto. O Joel, que tem só 19 anos, ainda ontem em Coimbra fez um grande jogo... E há também o guarda-redes, o Chico, que com 28 anos ainda pode ter um grande futuro à sua frente».
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