«O que se passa no campo morre no campo», defende Acosta

14 ago 2000, 17:03

Avançado do Sporting sobre o lance com Paulinho Santos O goleador argentino não guarda rancores a Paulinho Santos e elogia a exibição «sólida» do Sporting frente ao F.C Porto, para a Supertaça.

Beto Acosta, o ponta-de-lança argentino do Sporting, voltou a ser fundamental para a equipa de Inácio, tendo apontado o golo dos leões, ontem nas Antas, no empate com o F.C. Porto (1-1) para a primeira mão da Supertaça. 

Um feito que Acosta fez questão de integrar na exibição de toda a sua equipa: «Foi muito bom ter marcado o golo, mas mais contente ainda fiquei com o facto de ter sentido um Sporting sólido e personalizado». 

Um do pontos que Acosta destaca tem a ver com o entendimento ofensivo já revelado pelo Sporting: «Estou a entender-me bem com o João. Nas Antas, já fizemos jogadas bonitas, bons entendimentos. O João Pinto é um jogador inteligente, um óptimo par lá na frente». 

Sem rancores a Paulinho Santos 

O lance que provocou a expulsão de Paulinho Santos não mereceu grandes comentários a Acosta: «Não gosto de criticar os adversários, nem os árbitros. O que se passa no campo, morre lá. Não guardo rancores. Os jornalistas é que deverão fazer julgamentos do que viram. Limito-me a jogar. Já vi o video e... confesso que ele foi um bocadinho maldoso...» 

A dureza que João Pinto identificou nos jogadores portistas não foi surpresa para Acosta. E o jogador argentino até revelou que os jogadores leoninos estavam prevenidos para essa eventualidade: «Inácio conhece bem o Porto e chamou-nos a atenção para esse perigo. Temos uma época longa, com muitos jogos importantes, e há a necessidade de nos protegermos. Não vale a pena protestar com o árbitro, correndo o risco de levar um amarelo, depois o vermelho... Os jogadores do Porto têm a sua maneira de jogar, de provocar. Somos jogadores experientes, não caímos nisso». 

Na antecâmara de mais um campeonato, Acosta afigura-se como um dos mais fortes candidatos ao título de melhor marcador. Uma ambição que o argentino não renega: «Como goleador que sou, luto sempre por ser o melhor marcador. Já o fui na Argentina, no Chile, quero sê-lo também aqui. Mas repito que o fundamental é o colectivo: se o Sporting ganhar, está tudo bem...»

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