Pais e professores com protestos marcados todas as semanas até às eleições

6 fev, 13:51
Cartazes protestos escolas

Estão previstos manifestos, marchas e arruadas em pleno ambiente de campanha eleitoral

O mês de fevereiro e o início de março, em pleno ambiente de campanha eleitoral, vão ter vários protestos no setor da Educação. Todos os fins de semana há ações marcadas e já não são só os professores a manifestarem-se em defesa da Escola Pública. 

As ações de protesto arrancam já este sábado, com a apresentação de um manifesto por parte do movimento cívico de docentes Missão Escola Pública. O grupo de professores vai juntar os vários partidos políticos e personalidades da área da Educação num protesto no Largo do Carmo, em Lisboa, para apresentar o Manifesto Pela Escola Pública. O local e a data não foram escolhidos ao acaso: o Largo do Carmo está historicamente ligado à revolução de Abril e o dia marca um mês a anteceder as eleições legislativas antecipadas. Sob o lema "Vamos antecipar Abril", o movimento apartidário e sem filiação sindical convidou todos os partidos políticos a estarem presentes. O PAN – Pessoas, Animais, Natureza, o Livre, a Aliança Democrática (coligação entre o PSD, o CDS-PP e o PPM) e o Bloco de Esquerda já confirmaram presença e a Missão Escola Pública espera resposta positiva dos restantes movimentos políticos.

Para o dia 17 de fevereiro, uma semana depois, está marcada uma Marcha pela Educação, com início no Largo do Rato, em Lisboa, às 14:00, e fim em frente à Assembleia da República. Os organizadores são professores do norte ao sul do país. Pedem “uma escola de qualidade, com boas condições de aprendizagem, onde não faltem assistentes operacionais, técnicos especializados, ou professores qualificados para a docência”. “Os profissionais da educação, e além disto, também exigem a dignificação e estabilidade das carreiras”, acrescentam os organizadores, num texto publicado no blogue VozProf. 

O movimento cívico de pais e encarregados de educação Pais em Luta pela Educação está a organizar um protesto para o dia 24 de fevereiro. Trata-se de um sábado em que prometem não ficar em casa e marchar em Lisboa, entre o Ministério da Educação e a Assembleia da República. Os problemas que identificam são os mesmos de que davam conta em setembro, aquando da fundação do grupo: há escolas sem condições, turmas sobrelotadas, faltam professores, assistentes operacionais e técnicos especializados, e dizem ainda que a violência e a indisciplina não param de aumentar.

A manifestação vai decorrer em Lisboa e o percurso não foi escolhido ao acaso: “Vamos iniciar no Ministério da Educação, onde estão os governantes que tutelam a pasta, e terminar na Assembleia da República, onde estão os nossos deputados, representantes eleitos pelo povo”.

Para 2 de março está agendada uma “arruada pela Educação”, organizada pelo S.TO.P (Sindicato de Todos os Profissionais da Educação), que convida “outros setores profissionais solidários a estarem presentes e a participar”. A iniciativa é o culminar da campanha pela Escola Pública que o S.TO.P. iniciou em finais de janeiro e vai continuar na próxima semana, com iniciativas em várias regiões do país, incluindo greves, protestos e plenários profissionais em várias escolas.

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