«Vitória sobre o Mónaco dá-nos confiança», diz Mário Silva

4 ago 2000, 22:33

Lateral do Nantes emocionado O ex-boavisteiro «vingou» a derrota na Supertaça e acha que os 5-2 no terreno do campeão francês, onde joga Costinha, vão moralizar o Nantes.

Percebia-se que não cabia em si de contente. Pela forma como descrevia os pormenores do jogo, Mário Silva deixava escapar uma certa emoção, que as próprias palavras só disfarçavam a custo. Não é todos os dias que uma equipa vence o Mónaco por números pouco próprios (5-2), tendo como pano de fundo o Estádio Luís II. Mas o Nantes acabou por assinar a proeza ao escrever o seu nome na galaria dos notáveis. 

«Foi uma exibição muito positiva. O resultado não engana e todos os jogadores estiveram bem. Esta vitória dá-nos muita confiança para o campeonato», afirmou ao Maisfutebol o ex-jogador do Boavista, numa conversa via telefone, quando a sua equipa viajava de autocarro após abandonar as instalações monegascas. 

O diálogo acabou por ser de difícil percepção. Como barulho de fundo ouviam-se os cânticos vitoriosos dos jogadores, que em uníssono gritavam e batiam palmas para comemorar uma vitória recheada de protagonismo. Mário Silva explicou: «O campo do Mónaco é muito difícil, porque é o estádio do campeão francês. Em termos pessoais, acho que estive bem, mas o mais importante foi a vitória do Nantes». 

Portugueses em combate 

Dentro do campo Mário Silva teve a oportunidade de encontrar-se com Costinha, sobre o qual teceu alguns elogios. «Jogou muito bem. Agora, as recordações são boas, porque da última vez que nos encontrámos o Nantes perdeu a supertaça para o Mónaco. Hoje saí a vencer, mas, para mim, o principal é que ninguém se magoou. Acabámos o jogo sem problemas», destacou. 

Aos poucos, o ex-defesa esquerdo do Boavista já se sente mais integrado no seu novo quotidiano. Pronuncia algumas palavras em francês e, em certos vocábulos portugueses, arranha o idioma estrangeiro. «A adaptação está a correr bem, porque consigo dizer o que quero. Se já tenho sotaque? Não é a primeira pessoa que me diz isso. Normalmente penso nas palavras antes de falar. E, às vezes, tenho uma certa tendência para dizê-las a roçar o francês», finalizou Mário Silva.

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