Se a Fiorentina pagar aos jogadores pode manter direitos sobre eles, alerta Carraça

1 ago 2002, 00:39

Vice-presidente da FIFPRO diz que em Portugal Nuno Gomes já estava livre O vice-presidente da FIFPRO garante que em Portugal Nuno Gomes já seria um jogador livre.

Nuno Gomes poderá estar a um pequeno passo de se tornar um jogador livre. António Carraça, vice-presidente da FIFPRO, federação que reúne todos os sindicatos de jogadores da Europa, e presidente do organismo português, explicou ao Maisfutebol como se processam estas situações em Itália.

«Em Itália a legislação é um pouco diferente da portuguesa. Os clubes precisam de ter os vencimentos em dia para se poderem inscrever nos campeonatos. Aqui bastam garantias bancárias sobre as questões da Segurança Social e do fisco. No caso italiano, caso a sociedade baixe aos regionais, como o jogador tem um contrato profissional fica livre, desde que tenha ordenados em atraso. A Fiorentina ainda pode manter os direitos sobre os futebolistas desde que pague os vencimentos, mas não acredito que o faça. Se não conseguiu arranjar investidores para participar na Serie B, para os regionais ainda será mais difícil. Isto se o Conselho Federal não confirmar a sua inscrição», afirmou.

Carraça lembrou que Nuno Gomes já tentou rescindir com o clube de Florença na última época, mas que não o conseguiu porque estes processos são adiados frequentemente: «Tem a ver com as várias instâncias dos tribunais. Em Itália, ao contrário do que acontece em Portugal, porque o Contrato Colectivo de Trabalho é mais eficiente, a situação vai sendo adiada, desde que o clube se mostre em condições de saldar as dívidas, apresentando garantias bancárias. O Nuno aconselhou-se várias vezes com os advogados do sindicato italiano, mas a situação não se resolveu. Se isso acontecesse em Portugal, já estava a jogar noutro clube».

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